Fisioterapia neurológica

Por Juliana Melatti

Graduação em Fisioterapia (Faculdade da Serra Gaúcha, FSG, 2014)

Categorias: Medicina, Neurologia
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A fisioterapia neurológica ou neurofuncional é uma especialidade na área da saúde onde o profissional fisioterapeuta atuará em patologias relacionadas ao sistema nervoso. Tais patologias podem ser de origem congênita ou adquirida, em qualquer faixa etária. Os objetivos traçados dentro dessa especialidade são relacionados à recuperação e restauração da função motora, proprioceptiva, de mobilidade e força. Por ser uma área de alta complexidade, muitas técnicas ainda estão sendo pesquisadas para que se consiga maior êxito durante os tratamentos aplicados.

As patologias neurológicas podem ser encontradas em qualquer idade, fazendo com que o público seja o mais diversificado. Pode-se dividir a fisioterapia neurofuncional em:

Neuropediatria: patologias apresentadas em indivíduos de 0 à 12 anos de idade. As patologias congênitas apresentadas são diagnosticadas desde a fase intrauterina ou após os primeiros meses de vida. Dentre as alterações mais recorrentes, podemos citar: hidrocefalia, microcefalia, mielomeningocele, síndrome de West, síndrome de Lennox-Gastaut, Distrofia muscular de Duchenne, síndromes miastênicas, miopatia congênita, síndrome de Guillain-Barré, patologias neurodegenerativas, AVC infantil, paralisia cerebral, encefalopatia hipóxico-isquêmica, lesão de plexo braquial, etc. Também podemos citar as patologias neurológicas de origem traumática, como o traumatismo crânio-encefálico, trauma raquimedular, etc. A estimulação precoce relacionada ao retardo no desenvolvimento neuropsicomotor também fazem parte da fisioterapia na neuropediatria.

Neurologia no adulto e idoso: patologias apresentadas a partir da adolescência até a fase adulta. As principais patologias são relacionadas à traumas, como o TCE, TRM, paraplegia, tetraplegia, síndrome de Guillain-Barré, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, AVC, AVE, AVT, tumores cerebrais, tumores medulares, demências, mal de Parkinson, Alzheimer, miopatias, dentre outras onde o paciente acaba tendo perdas significativas no controle motor e proprioceptivo.

Os estímulos utilizados dentro da fisioterapia na neurologia são os mais diversificados, incluindo movimentos de mobilização, alongamento, inibição de padrões neurológicos, treino de controle muscular para controlar posturas, descarga de peso, treino de marcha, treino de funções de AVD’s, eletroterapia, termoterapia, técnicas para desenvolvimento/inibição de sensibilidade, termoterapia, hidroterapia, terapia manual, terapia por contensão induzida, entre outras técnicas que buscarão a maior funcionalidade do paciente.

Devido à importância de manter as funções do sistema nervoso em sua integridade, a fisioterapia buscará devolver o máximo de funcionalidade e independência ao paciente, podendo recuperar parcialmente ou totalmente as funções. Devido às sequelas que algumas patologias podem deixar, quando a função não puder ser restaurada em sua totalidade, o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional buscarão opções e alternativas para que o indivíduo consiga se manter da forma mais independente possível, para que o mesmo possa se reinserir na sociedade.

Bibliografia:
http://www.revistas.usp.br/fpusp/article/download/12258/14035

http://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10651

https://www.researchgate.net/profile/Bruna_Marangoni/publication/5967443_Multiple_sclerosis_Cross-cultural_adaptation_and_validation_of_the_modified_fatigue_impact_scale/links/55418b200cf2b790436be334.pdf

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