A fisioterapia é uma ciência que está em constante busca de novos recursos e técnicas para as suas diversas áreas de atuação. A fisioterapia pediátrica dedica-se ao atendimento de recém-nascidos até o período da puberdade – 12 anos - tendo uma grande abrangência em sua atuação devido ao papel no tratamento de desordens multifatoriais, causadas por patologias congênitas ou adquiridas, nascimento prematuro ou alterações genéticas. A atuação do profissional inclui as áreas: neurológica, oncológica, traumatológica e ortopédica, cardiorrespiratória e preventiva.
Objetivando o desenvolvimento do potencial da criança, busca constantemente a independência do indivíduo, melhorando conforme o tratamento vai sendo executado. O envolvimento e comprometimento familiar nesse processo fazem toda a diferença para a recuperação da criança. Devido ao desenvolvimento constante do corpo e a aquisição de habilidades, toda a criança necessita desenvolver habilidades motoras e cognitivas. Por isso é importante que a criança seja observada permanentemente em todos os aspectos do desenvolvimento humano. Caso sejam observadas alterações, deve-se procurar o médico pediatra e posteriormente o fisioterapeuta para que sejam dados estímulos adequados a cada fase para que esse desenvolvimento seja satisfatório.
Grande parte das patologias encontradas são relacionadas ao nascimento prematuro, alterações genéticas ou intercorrências durante o parto, ocasionando alterações neurológicas e cardiorrespiratórias, tais como: paralisia cerebral, síndrome de down, distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker, hidrocefalia, microcefalia, espinha bífida, atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, mielomeningocele, doenças respiratórias (asma, bronquite, pneumonia, fibrose cística, entre outras), patologias ortopédicas (torcicolo congênito, luxação congênita, paralisia obstétrica, legg perthes calvés entre outras), fraturas, TCE, entre outras. Através da atuação da fisioterapia, a criança acaba conseguindo desenvolver muitas habilidades, onde o profissional buscará a autonomia e independência do indivíduo.
É necessário que o profissional leve em consideração as necessidades de cada paciente. São avaliados aspectos como a patologia, a idade da criança, as limitações apresentadas, fase de desenvolvimento em que a criança se apresenta. Dentre os objetivos, encontram-se os seguintes aspectos: normalizar o tônus muscular através de técnicas de inibição reflexa, melhorando a flexibilidade, a força muscular e a capacidade motora para a funcionalidade da criança; melhorar capacidade e a qualidade ventilatória afim de tratar e prevenir patologias, utilizar técnicas de higiene brônquica e expansibilidade pulmonar; a estimulação precoce tem sido importante para que o desenvolvimento da criança se dê por completo, minimizando possíveis limitações motoras e respiratórias que o mesmo pode vir a desenvolver.
Vale salientar também a importância da família junto ao tratamento da criança. Os responsáveis possuem um papel determinante no desenvolvimento, afim de buscar mais informações e recursos que possam ser desenvolvidos junto à terapia. Os estímulos dados durante a terapia e a orientação do profissional devem ser seguidas afim de realizar a manutenção dos estímulos, facilitando assim o desempenho da criança e a independência da mesma. As adaptações orientadas pelo fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional também devem ser feitas pelos familiares afim de socializar a criança, facilitando a sua inclusão no seu meio de convívio e na sociedade.
Bibliografia:
http://cascavel.cpd.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/revistasaude/article/download/6526/3987
http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/download/264/186
http://omnipax.com.br/livros/2011/FNP/FNP-cap3.pdf