Morte Cerebral

Por InfoEscola
Categorias: Neurologia
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Por Caroline Faria

A morte cerebral ou morte encefálica é quando o cérebro e o tronco cerebral perdem irreversivelmente as suas funções e é o fator utilizado pelos médicos para determinar se um paciente está morto ou não. Legalmente também é usado este critério. A pessoa com morte cerebral pode ter seu coração ainda batendo por algum tempo, mas ela não é mais capaz de respirar nem digerir comida sem a ajuda de aparelhos e não possui chances de se recuperar.

Porém, tão instigante quanto a pergunta sobre “de onde viemos?” é a questão que envolve a determinação do fim da vida. Ao mesmo tempo em que o desenvolvimento de tecnologias que permitem substituir as funções dos pacientes em estado grave permitiram uma melhora significativa no atendimento destes pacientes, elas também tornaram ainda mais incerto determinar quando é hora de dizer adeus: é possível manter um corpo vivo através de aparelhos que até respiram por ele, mesmo que a pessoa nunca mais vá recobrar a consciência. Foi o que aconteceu, em 1993, com a norte-americana Trisha Marshal que foi internada em uma UTI após ser baleada na cabeça. Grávida de três meses Trisha foi dada como clinicamente morta (seu cérebro não voltaria a funcionar), porém sua família insistiu que os médicos a mantessem ligada aos aparelhos até que seu filho nascesse. E assim o bebê nasceu de uma mãe clinicamente morta havia três meses. Ou seja, seu corpo continuou funcionando mantido pelos aparelhos mesmo que Trisha já estivesse clinicamente morta.

Até hoje essa questão é cercada de polêmicas, ainda mais quando se entra na discussão sobre quando interromper o sofrimento de alguém que está em estado vegetativo (a chamada eutanásia), e embora pareça haver um consenso, ainda há muito o que discutir.

Diagnóstico

Até o século XIX eram usadas diversas técnicas (algumas até bizarras) para determinar se o defunto estava mesmo morto. Valia desde puxar a língua do defunto por três horas seguidas até colocá-lo em câmaras mortuárias para que ficasse lá, com outros corpos, sendo vigiado até começar a apodrecer.

Felizmente, hoje em dia, graças a Eugene Bouchut e Paul Brouardel ainda no século XIX, além de outros avanços da medicina, existem técnicas confiáveis para se determinar quando não há mais atividade cerebral. Veja a seguir as técnicas que podem ser utilizadas pelos médicos contemporâneos:

Morte Cerebral x Coma

É importante lembrar que a morte cerebral é diferente do coma. Os pacientes em coma mantêm algum nível de sinal cerebral que pode ser detectado em uma eletroencefalograma e pode variar muito de intensidade de acordo com o caso, porém ainda tem chances de se recuperar ainda que o quadro possa evoluir para morte cerebral. Já o paciente com morte cerebral não apresenta sinal algum e o quadro é irreversível.

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