A proloterapia, também conhecida como terapia injetável de regeneração, consiste em um procedimento infiltrativo, não cirúrgico, desenvolvido a mais de 60 anos, que visa curar lesões tendíneas e ligamentares que levam à dor crônica.
Anteriormente, os termos proloterapia e escleroterapia estavam sendo utilizados como sinônimos. No entanto, este último trata-se de uma designação osteopática inicial, sendo utilizado em casos nos quais se deseja um efeito esclerosante verdadeiro, como, por exemplo, para o tratamento de veias varicosas, varizes esofagianas, hemorróidas ou hérnias.
Já na proloterapia, é feita a aplicação de uma solução que leva à abertura do leito capilar de determinada área acometida. Este acontecimento resulta das reações causadas pela solução administrada, que é interpretado pelo organismo como uma nova lesão.
Existem três tipos distintos de soluções utilizadas no procedimento de proloterapia, são elas:
- Os irritantes químicos (fenol);
- Os agentes osmóticos (glicina e glicose hipertônica);
- Os agentes quimiotáticos (derivados do óleo de fígado de bacalhau).
As mudanças decorrentes da aplicação das injeções quase que dobram a capacidade regenerativa dos tecidos que não são vascularizados, sendo que isto ocorre no mesmo instante em que o leito capilar se dilata após a lesão. Todavia, este leito capilar apresenta nova diminuição em menos de duas semanas. Deste modo, para a manutenção da capilaridade do tecido em questão, bem como para uma melhoria do processo de cicatrização, se faz necessária a realização de aplicações periodicamente, após semanas ou meses, variando de acordo com a resposta de cada paciente.
Caso a regeneração não ocorra antes de duas semanas, provavelmente ocorrerá a persistência de uma anormalidade residual. A flacidez permanente depois de uma torção de tornozelo é um exemplo clássico disso, sendo que este fato prevê a recorrência da lesão.
Uma bateria de injeções de proloterapia ao longo do tempo mantém a atividade reflexa, esperando-se que, deste modo, ocorra o fortalecimento dos tecidos acometidos e a volta do tônus e de sua elasticidade ao que era antes.
Recomenda-se esta técnica para atletas ou para qualquer indivíduo que esteja sofrendo com lesões articulares. No entanto, deve ser aplicada por um profissional devidamente preparado para tal função, objetivando evitar possíveis problemas, como a intensificação das dores após a aplicação. Exames posteriores devem ser feitos para o acompanhamento da regeneração das lesões.
Fontes:
http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=25317
https://web.archive.org/web/20170418144704/https://www.tuasaude.com/proloterapia/