A sialoendoscopia é um procedimento endoscópico feito nas glândulas salivares submandibular e parótida, com o objetivo de diagnosticar e tratar certas condições.
Este método, que foi desenvolvido no final da década de 1990, por Francis Marshal e colaboradores, consiste na introdução de um endoscópio fino nas glândulas salivares que, além de elementos ópticos, possui também canais de irrigação e intervenção, possibilitando realizar uma avaliação da árvore canicular das glândulas salivares e também procedimentos para resolução de anormalidades.
Inicialmente, este endoscópio era altamente flexível e, portanto, extremamente frágil. Os criadores do mesmo aperfeiçoaram o instrumento, tornando-o semi-flexível e, consequentemente, mais resistente. Outra evolução foi que o endoscópio passou a ser capaz de dilatar possíveis estenoses existentes nos ductos das glândulas salivares.
Durante a primeira década do século XXI, está técnica difundiu-se por diversos países da Europa, Ásia e América do Norte, sendo muito utilizado nas seguintes situações:
- Remoção de litíases salivares;
- Exame do sistema de canais salivares;
- Detecção de dilatações ou estenoses;
- Pesquisa da causa de episódios recorrentes de tumefações sem causa aparente.
Uma das vantagens deste método é que passou a ser possível preservar as glândulas salivares que, anteriormente, eram excisadas pela maior parte dos cirurgiões ao ser diagnosticado litíase nessas estruturas.
Contudo, dentre as desvantagens está a difícil execução da técnica, além de, embora já tenha sido aprovado pela ANVISA, é de difícil obtenção no Brasil.
Fontes:
http://sbccp.netpoint.com.br/ojs/index.php/revistabrasccp/article/viewFile/440/374
http://www.clinicadaface.com/noticias/59-calculos-salivares-novas-tecnologias
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/medicina/sialoendoscopia/