Anúbis

Por Emerson Santiago
Categorias: Civilização Egípcia, Mitologia
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De acordo com a antiga religião do Egito, Anúbis era o deus dos mortos, da mumificação e do submundo. Guardião dos túmulos e juiz dos mortos, ele era representado com o corpo de homem e a cabeça de um chacal, sendo considerado ainda a primeira múmia do Egito Antigo. A origem de seu nome parece ser uma derivação de “inep”, que significa “purificar”, ou “apodrecer”. De fato, na língua egípcia antiga, seu nome era “Anpu” ou “inpu”, e Anúbis nada mais é que a versão do nome convertida para a língua grega.

Deus egípcio Anúbis, retratado em parede do templo Abydos, Egito. Foto: BasPhoto / Shutterstock.com

Deus egípcio Anúbis, retratado em parede do templo Abydos, Egito. Foto: BasPhoto / Shutterstock.com

A ideia de mostrá-lo com a cabeça de um chacal pode ter nascido da observação do comportamento dos animais selvagens, rondando os cemitérios, retirando e desmembrando os corpos das sepulturas construídas com pouca profundidade. Do mesmo modo, os egípcios acreditavam que, caso um corpo não fosse devidamente preparado e mumificado conforme as indicações usuais, este seria devorado pelo deus com cabeça de chacal.

Por isso mesmo, a Anúbis é creditada a invenção do embalsamamento, o que o tornou associado à mumificação. Os adeptos da antiga religião egípcia acreditavam que Anúbis presidia as seções de mumificação, por ser o guardião de tais técnicas. Outra de suas funções era a de ser o guardião das tumbas, bem como ser o juiz dos mortos e o condutor das almas ao pós-vida.

Dentro da mitologia egípcia, Anúbis era o filho de Néftis, a deusa dos desertos com o deus Osíris. Sua filha era Kebechet. O deus-chacal teria sido responsável por embalsamar o corpo de Osíris, sendo um dos 42 juízes (número correspondente às províncias do Egito Antigo) que compunha o tribunal responsável pelo julgamento do recém-morto. Anúbis seria o responsável por conduzir os falecidos à presença de Osíris e presidia a cerimônia da "pesagem do coração", que decidiria o destino da alma de seu dono.

São raras as ocasiões em que aparece representado sob a forma totalmente humana, tal como se vê, por exemplo, na capela do templo de Ramsés II em Abidos. A cor de sua face é invariavelmente negra, o que se especula ser uma referência à cor do cadáver em meio ao processo de mumificação. Seu culto está patente nas necrópoles, nas quais estão registrados preces e hinos que evocam sua proteção, além das paredes das mastabas mais antigas. Os principais centros de culto de Anúbis no Egito foram a décima sétima província, em especial sua capital Cinópolis, além de Licópolis (atual Asyut).

Bibliografia:
Anúbis, o Chacal. Disponível em: < http://www.fascinioegito.sh06.com/anubis.htm>. Acesso: 18/01/13.
Anúbis.  Disponível em: < http://www.suapesquisa.com/egito/anubis.htm >. Acesso: 18/01/13.
Anúbis.  Disponível em: < http://www.infopedia.pt/$anubis >. Acesso: 18/01/13.

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