Bivalves

Por Kamila Aguiar Gabaldo
Categorias: Moluscos
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Bivalvia é uma das classes do filo Mollusca. Bivalves são animais com o corpo protegido por uma concha que tem duas valvas. Em sua maioria são animais marinhos, mas também existem em ambientes de água doce. É dos bivalves que vem as pérolas. A água filtrada pelos moluscos traz impurezas, estas ficam presas entre o manto e a concha e é envolvida por secreção e após anos de acúmulo vira uma pérola.

Troca gasosa

A troca gasosa dos bivalves é feita por brânquias e também pelo manto. As brânquias dos bivalves são longos filamentos dobrados formando lamelas. A água entra pelo sifão (órgão que internaliza e externaliza água), pelos poros passa entre os filamentos da lamela e depois para uma câmara chamada supra branquial saindo do corpo.

Alimentação

Os bivalves são filtradores, se alimentam de partículas suspensas na água que entram pelo sifão e são direcionadas por cílios às brânquias para que a filtração seja feita. Após a filtração as partículas são direcionadas para os palpos labiais que as transportam para a boca. Algumas espécies se alimentam de madeira e são associadas a bactérias que fazem a digestão da celulose. Outras usam o sifão para procurar comida na areia. E ainda existem aquelas que sugam pequenos animais para dentro do manto.

Sistema Digestivo

O estômago dos filtradores tem várias dobras e o caminho todo ciliado. Há uma câmara digestiva que produz enzimas e as joga no estômago. Os bivalves fazem digestão intra e extracelular.

Sistema circulatório

O coração dos bivalves tem três câmaras, dois átrios e um ventrículo. Como a troca gasosa também é feita pelo manto, parte do sangue recebe sua oxigenação lá para depois voltar a o pulmão.

Sistema excretor

Os excretas dos bivalves são filtrados por dois rins. Os túbulos dos rins se abrem no pericárdio e também abre na câmara supra branquial.

Sistema nervoso

O sistema nervoso é composto por três gânglios conectados pelos nervos. Os órgãos sensoriais não são muito desenvolvidos. Alguns deles são células de percepção tátil, um olho em cada lado do manto, tentáculos e algumas células quimiorreceptoras.

Reprodução

Os gametas dos bivalves são acumulados na câmara suprabranquial para depois serem carregados para fora pelo fluxo de água para que ocorra a fecundação externa. O desenvolvimento é indireto, pois passa por estágio larvais de larva trocófora e véliger. Os bivalves de água doce geralmente têm fertilização interna. Os óvulos vão para os poros das brânquias onde são fertilizados. A larva desse processo se fixam em peixes vivendo como parasitas.

Sistemática

Os bivalves é composta por cinco ordens. Nuculida, Solemyida, Paleoheterodonta, Venroida e Myoida. Paleoheterodonta tem espécies marinhas e de água doce e Myoida tem espécies com sifões bem desenvolvidas para se enterrarem no substrato.

Referências bibliográficas:
Hickman, Princípios integrados de zoologia 14 edição, 2008 – Páginas 346 a 353
Brusca & Brusca, Invertebrados, 2 edição, 2007 – Páginas 703 e 704

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