Derivando do gênero de ficção científica chamado Cyberpunk, o Dieselpunk tem como base a estética do entre-guerras, especificamente o período entre a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial. Também conhecido como Decopunk, este sub-gênero da ficção faz referências ao estilo chamado Art Deco, que fez uma mistura entre movimentos artísticos do início do século XX como Futurismo, Bauhaus, Cubismo, Construtivismo, entre outros.
No aspecto de sintetizar estilos, o Dieselpunk faz uma combinação de manifestações culturais do mesmo período como: a própria art deco, os filmes noir, american way of life (50's), revistas do tipo pulp, filmes de séries, tecnologia pós-moderna e as wartime pin-ups, que eram as musas desenhadas ou fotografadas com roupas de guerra ou sobre bombas nucleares.
O subgênero foi utilizado pela primeira vez no ano de 2001, como um termo de marketing inventado pelo designer de games, Lewis Pollak, para descrever o jogo de RPG Children of the Sun. Desde então, o Dieselpunk tornou-se um estilo para artes visuais, filmes, literatura, música, engenharia e quadrinhos. Entre os exemplos mais famosos da arte estão: Sky Captain and the World of Tomorrow, Greed Corp, séries da BioShock, entre outros.
O combustível “diesel”, que compõe o nome do subgênero, deriva da suposição de uma era em que o diesel seria a base de todas as locomoções e o foco mais importante da tecnologia da cultura ocidental. Já o sufixo “punk” seria em referência a um gênero que, assim como a contracultura do punk-rock, criada entre os anos 60 e 70, representasse uma oposição à estética contemporânea. A criação do termo segue a mesma linha da qual saiu o Steampunk, gênero focado na mistura da era vitoriana com atmosferas de ficção científica.
O gênero Dieselpunk no Brasil
Em 2011, a editora Dracco foi umas das primeiras a lançar uma coletânea de histórias Dieselpunk no Brasil. Segundo matéria publicada no site da empresa (http://editoradraco.com ) o livro, 'Dieselpunk – arquivos confidenciais de uma bela época', traz “Um retrato cinzento de um passado em que os motores do mundo são mais valorizados do que as pessoas que o habitam, e o Estado se nega a enxergar o cidadão como peça fundamental de sua existência”. Entre os autores que compõe a antologia, estão Carlos Orsi, Tibor Moricz, Octavio Aragão, Hugo Vera, Antonio Luiz M. C. Costa, Cirilo S. Lemos, Sid Castro e Jorge Candeias. A organização ficou por conta de Gerson Lodi‑Ribeiro, também autor.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Cyberpunk_derivatives
http://editoradraco.com/2011/07/09/dieselpunk-arquivos-confidenciais-de-uma-bela-epoca-org-por-gerson-lodi-ribeiro/http://livraria.folha.com.br/catalogo/1169885/dieselpunk-arquivos-confidenciais-de-uma-bela-epoca?tracking_number=245&utm_source=shoppinguol&utm_medium=comparador&utm_term=&utm_content=Dieselpunk+-+Arquivos+Confidenciais+de+Uma+Bela+%C3%89poca&utm_campaign=In%C3%ADcio%2FLivros
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/dieselpunk/