A convulsão é um período clínico anormal resultante de uma exacerbada descarga elétrica, repentina ou anormal no encéfalo. Este termo é usado para designar um sintoma, já epilepsia indica a recorrência dessas crises. Quando as crises convulsivas são causadas devido à existência de uma lesão no cérebro, como, por exemplo, nos tumores, esse quadro é chamado de epilepsia sintomática; nos casos da origem das crises serem alterações estruturais, mas sem confirmação de diagnóstico, é denominada de epilepsia cripetogênica. Existe também a epilepsia idiopática, quando não é encontrada a causa para tais crises.
As causas de convulsão são diversas, como:
- Febre alta (insolação e infecção).
- Infecções do cérebro (malária, raiva, meningite, sífilis, tétano, toxoplasmose, encefalite, etc).
- Distúrbios metabólicos (hipoparatireoidismo, níveis elevados de sódio ou açúcar na corrente sanguínea; níveis baixos de açúcar, cálcio, magnésio ou sódio no sangue; etc).
- Exposição a drogas ou substâncias tóxicas (álcool, anfetamina, cânfora, estricnina, overdose de cocaína, etc).
- Oxigenação insuficiente do cérebro (intoxicação por monóxido de carbono, afogamento parcial, sufocação parcial, fluxo sanguíneo inadequado para o cérebro, tumor cerebral, etc).
- Abstinência após utilização excessiva de algumas substâncias (álcool, medicamentos para dormir e tranquilizantes).
- Reações adversas a medicamentos de receita obrigatória.
- Outras doenças (eclampsia, encefalopatia hipertensiva e lúpus eritematoso).
As crises convulsivas são classificadas da seguinte maneira:
- Crises generalizadas brandas: alterações motoras em todos os membros, sem a perda da consciência do paciente.
- Crises generalizadas graves: conhecidas como crises tônico-clônicas ou “Grande Mal”, caracteriza-se pela perda da consciência.
- Convulsão parcial: também conhecida como focal, ocorre após uma descarga focal, envolvendo apenas uma região do cérebro. Caracteriza-se pela presença paroxística de epículas ou complexos ponta-onde lentos nas regiões próximas ao foco e com sintomatologia clínica. Estas se dividem em convulsão parcial do lobo frontal, convulsão parcial do lobo temporal, convulsão psíquica, convulsão de lobo parietal e convulsão do sistema límbico.
- Convulsão parcial com generalização secundária: pacientes com crises focais ou parciais podem apresentar generalização da descarga neuronal, resultando em crise generalizada grave.
Fontes:
Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária – Helenice de Souza Spinosa, Silvana Lima Górniak e Maria Martha Bernardi. Editora Guanabara Koogan, 4° edição, 2006.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Convulsão
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/neurologia/crise-convulsiva/