SÃO PAULO, 8 de agosto de 2018 /PRNewswire/ -- Quando um dos projetos mais vitoriosos do vôlei brasileiro surgiu, em 1997, em Curitiba, Vinicius Petrunko cursava Educação Física, na PUC, em Curitiba, após trabalhar alguns anos no McDonald´s e sonhar com uma mudança para o exterior. A modalidade para ele, até então, era uma brincadeira com os amigos.
Ele não sabia, porém, que ser escolhido para trabalhar no time do Rexona, com Bernardinho, seria um divisor de águas na carreira.
Vinicius começou no projeto como voluntário em uma peneira para jovens. Era um entre tantos auxiliares que os profissionais Bernardinho, Hélio Griner e Ricardo Tabach precisavam para realizar testes com centenas de crianças.
- No fim da peneira, o Tabach (atual assistente técnico de Bernardinho no Sesc e de Renan Dal Zotto na Seleção Brasileira masculina) pediu para que deixássemos os contatos, já que eles precisariam contratar pessoas para o início do trabalho do time feminino. Deixei. Dias depois ele me ligou e comecei a trabalhar no projeto - relembra Vinicius.
Durante os sete anos do projeto em Curitiba, o então estudante se formou, virou auxiliar nas escolinhas de base, aprendeu a trabalhar com estatísticas em jogos profissionais e virou assistente do time adulto. Quando Bernardinho estava na Seleção, Griner virava o treinador, com Vinicius sendo um dos auxiliares.
A parceria com Griner foi estendida para três edições da Universidade: 2009 na Sérvia, 2011 na China e 2013 na Rússia. Fez parte da conquista de uma medalha de ouro e uma de prata com a Seleção feminina. Paralelamente, coordenou os 24 núcleos do Instituto Compartilhar, criado por Bernardinho, no Paraná. Agora, ele quer levar todos os ensinamentos para os Estados Unidos.
- Talvez a maior diferença entre Brasil e Estados Unidos neste caso seja a mão de obra dos técnicos. Lá muitos são formados por cursos online e fazem "bicos" como professores de vôlei. Eles, porém, organizam campeonatos de base e em uma única categoria chegam a contar com 100 equipes. No Brasil trabalhamos muito com o mini-vôlei, com quadra menor, bola mais leve, rede mais baixa. Fizemos muito disso no projeto, criando uma metodologia, colocando tudo no papel, documentando, estruturando. E não vi isso nos Estados Unidos. Creio que pode dar certo por lá - diz ele, após conhecer centros de treinamento de vôlei em Dallas e Seattle.
Jornalista Responsável: Fernando Flores - (21) 99169-7387.
FONTE Vinicius Petrunko