Por Ary Célio De Oliveira, executivo de Desenvolvimento e Responsabilidade Social da Fundação Unimed
Diante do atual cenário nacional, no qual se enfrenta uma forte crise econômica, ética e política, com o desemprego crescente atingindo 10,9%, segundo a mais recente pesquisa do IBGE, nada melhor do que se capacitar para aumentar a chance de empregabilidade. O contexto é tão complexo, que vários profissionais têm ocupado postos de trabalhos aquém da sua qualificação, e a constante busca por capacitação, passa a ser um relevante diferencial competitivo.
Na esfera da saúde existem cerca de 19 profissões regulamentadas pelo Ministério do Trabalho e com demanda cada vez mais latente na área. Contudo, há grande dificuldade em encontrar no mercado especialista como, por exemplo, médicos geriatras, devido à rápida transição epidemiológica no país na qual há significativo aumento do número de idosos. Hoje no Brasil, temos 20 milhões de pessoas com mais de 60 anos e a expectativa para 2050 são cerca de 65 milhões.
Outro nicho com crescente oportunidade é o de profissionais da saúde da família, na qual em um universo de 390.000 médicos em atividade no Brasil, apenas 4.000 atuam nessa área. Além disso, especialidades médicas como pediatria, neurologia e reumatologia, dentre outras, também possuem grande carência no país.
A área hospitalar em plena expansão tem necessidades crescentes de profissionais especializados, dentre outros em gestão hospitalar, engenharia clínica, odontologia hospitalar, hotelaria e enfermagem.
A capacitação e a qualificação podem ser a chave para entrar e se manter em um mercado cada vez mais exigente e competitivo. Durante um processo de seleção, o profissional capacitado vai ter mais chances de empregabilidade. Atualmente, há duas tendências: o profissional multitarefas e o profissional especialista. A escolha de um deles depende do perfil da vaga, porém o que todo empregador busca é a preparação e qualificação, aplicada a esses perfis.
As novas tecnologias propiciam diferentes formas de capacitação, como os cursos de Educação a Distância (EaD), que são mais acessíveis e oferecem uma série de vantagens, como maior flexibilidade de horário e a possibilidade de estudar em um ambiente doméstico e/ou de trabalho.
Os empregadores possuem papel de destaque no processo de desenvolvimento de seus funcionários, incentivando e promovendo a capacitação e qualificação, contribuem decisivamente na melhoria continua no seu desempenho, e consequentemente, gerando clientes mais satisfeitos e melhores resultados para a empresa.
Capacitação e qualificação é o caminho para enfrentar a crise.