PRAGA, 26 de setembro de 2018 /PRNewswire/ -- O histórico Castelo de Praga foi o local para uma discussão franca e frutífera sobre como a China e os países da Europa Central e Oriental (ECO) podem trabalhar juntos para impulsionar o crescimento econômico mútuo. Com cerca de 200 participantes, o evento teve palestras temáticas do novo embaixador da China na República Tcheca, Jianmin Zhang, do governador do Banco Nacional Tcheco, Jiri Rusnok, do presidente do New Silk Road Institute Prague e conselheiro do presidente da República Tcheca, Jan Kohout, do presidente da CEIBS, professor Li Mingjun, e do professor de Economia e Finanças da CEIBS, Xu Bin. O evento foi organizado em conjunto pela China Europe International Business School (CEIBS) e pelo New Silk Road Institute Prague.
Em sua primeira palestra oficial como embaixador da China na República Tcheca, Jianmin Zhang falou sobre a necessidade de os dois países trabalharem juntos, especialmente com a ascensão do unilateralismo e do protecionismo em algumas partes do mundo. "A guerra comercial tem levado a tensões nas relações econômicas e comerciais entre as grandes potências e as incertezas aumentaram. A China sempre aderiu aos princípios do sistema de comércio multilateral e livre comércio. Nós iremos nos abrir ainda mais ao mundo exterior", ele disse. Ele observou que as relações sino-tchecas estão se "desenvolvendo bem", com dados mostrando que investimentos bilaterais estão crescendo rapidamente. O próximo passo, ele disse, será acelerar a colaboração entre as duas partes.
A questão da colaboração entre os dois países também foi mencionada por Jan Kohout, que também foi vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da República Tcheca. Ele falou sobre o progresso já alcançado, mas também observou que "ainda há muito a ser conquistado" e sugeriu áreas em que os dois lados podem aprofundar a colaboração. Muitos investidores chineses, ele disse, estavam interessados em projetos de infraestrutura, adquirindo empresas de TI e de alta tecnologia, bem como vendendo seus produtos no mercado mais amplo da ECO. "Também temos expectativas de que a China vai abrir mais seus mercados. Nos últimos anos, tivemos um entendimento mútuo. Também devemos ser claros sobre nossa estratégia de longo prazo, bem como sobre as leis e regulamentos", ele disse. "Fizemos progressos. O fórum de hoje será uma grande plataforma em que podemos trocar ideias que poderão servir de inspiração para colaborações futuras. Um resultado possível desse fórum será o surgimento de futuros projetos. Damos as boas-vindas aos investidores chineses à República Tcheca, especialmente nas áreas mencionadas anteriormente". Ele também falou sobre seu país como uma fonte de mão-de-obra de alta qualidade, seu interesse de ganhar acesso ao mercado chinês e o potencial dos dois países de colaborar em pesquisa e desenvolvimento.
O governador do Banco Nacional Tcheco (CNB – Czech National Bank), Jiri Rusnok, também falou sobre como os dois países estão trabalhando e podem continuar a trabalhar juntos no campo das finanças. O relacionamento de trabalho, que começou em 2010, com um memorando de entendimento (MdE) entre a China e a Comissão de Regulação Bancária da China (CBRC – China Banking Regulatory Commission) e o CNB – um dos primeiros que a CBRC assinou com uma autoridade supervisora da UE – se aprofundou em 2016, quando a gestão de crises foi adicionada a seu escopo. Em sua palestra, Rusnok delineou algumas das políticas necessárias para assegurar, daí para a frente, a estabilidade financeira mútua, sob a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI – Belt & Road Initiative) liderada pela China. Ele também falou sobre como os mercados financeiros dos dois países podem aprofundar a colaboração. "Precisamos de um sistema bancário sólido, precisamos reduzir os fatores negativos para a proteção dos consumidores e precisamos ainda de conhecimentos básicos de finanças", ele disse. Ele deu então exemplos dos benefícios observados no sistema do CNB de "supervisão integrada", que possibilita um foco em risco sistêmico, sinergias de compartilhamento de informações, forte suporte técnico e profissional e tomada de decisão autônoma. Ele também observou que há uma consolidação da regulação do mercado financeiro e supervisão em nível nacional, que criam condições para a troca e integração efetivas de dados relevantes e consolidação potencial de trabalho analítico. "Estamos trabalhando com nossos interlocutores chineses no compartilhamento de conhecimentos e experiência, por exemplo, em tópicos tais como estabilidade financeira", ele disse. "Eu acredito firmemente que podemos trabalhar juntos para compartilhar mais experiências entre nós".
Áreas de potencial cooperação futura entre a China e a República da China, ele observou, podem incluir estabilidade financeira e teste de estresse; supervisão dos mercados de crédito de consumo e do setor financeiro não bancário; e política macroprudencial que pode prevenir bolhas em mercados de ativos, desenvolver buffers de capital suficientes e observar uma coordenação com políticas monetárias. Ele também falou sobre os desafios à frente, que podem constituir barreiras a sua visão de cooperação, incluindo o que ele descreveu como um "desequilíbrio substancial em comércio mútuo", governança menos transparente e estruturas de propriedade de algumas entidades chineses e estratégias de investimento incertas de alguns investidores chineses. "As futuras relações tcheca-chinesas devem ser mutuamente benéficas", ele afirmou. "Damos realmente as boas-vindas à iniciativa tomada pela China de abrir seu mercado ainda mais para o mundo exterior. Acreditamos que isso pode nos ajudar a promover nossa cooperação ainda mais".
O tema de um relacionamento mutuamente benéfico teve continuidade com o professor de Economia e Finanças da CEIBS, Xu Bin, que usou dados econômicos para apresentar suas lições. A China e a República Tcheca podem aprender uma da outra e destacar como podem colaborar. Ele apontou as similaridades entre os dois países: conta de serviços para uma grande participação de seus PIBs e ajudar os dois países a manter baixos níveis de desemprego, ambos são muito atraentes aos investidores estrangeiros, ambos ainda estão crescendo rapidamente (relativamente) e o crescimento econômico de ambos são impulsionados pelo capital e pela tecnologia. Após fornecer uma comparação macroeconômica dos dois países, o professor Xu destacou seis coisas que a China pode aprender da República Tcheca: como urbanizar preservando sua tradição cultural; como melhorar o comércio de serviços; como fornecer tratamento de saúde à população envelhecida; como encontrar o equilíbrio certo em impostos sobre a renda; lucros e ganhos de capital; como enfrentar a poluição do ar; e como administrar com sucesso a taxa de câmbio e outras questões do setor financeiro relacionadas ao comércio internacional e a investimentos estrangeiros diretos.
O fórum acontece em um momento histórico no tempo: o 40º ano da reforma e abertura da China, o 15º aniversário da Parceria Estratégica Abrangente China-UE e o 5º aniversário da Iniciativa Cinturão e Rota (Belt & Road Initiative). A China considera a ECO uma potencial propulsora do crescimento econômico europeu, bem como uma parceira significativa e destino de investimentos e, como o presidente da CEIBS, professor Li Mingjun, observou em seu discurso de boas-vindas, a República Tcheca é um grande componente do relacionamento da China com a ECO. "Os intercâmbios políticos, econômicos e culturais entre os dois países continuaram a avançar e o comércio bilateral tem se desenvolvido saudavelmente. A China é a maior parceira comercial da República Tcheca fora da UE e a segunda maior fonte de produtos importados pela República Tcheca. Enquanto isso, a República Tcheca é a segunda maior parceira comercial da China na Europa Central e Oriental", ele declarou. "Sob a visão da iniciativa 'Um Cinturão, Uma Rota' da China e da 'cooperação 16+1', aproveitar o ímpeto da 'Idade de Ouro' das relações sino-tchecas, estamos aqui hoje cheios de esperança, para fornecer uma plataforma para trocas de pontos de vista e cooperação entre empreendimentos". Ele também falou sobre o trabalho que a CEIBS já fez sob esse aspecto, como a colaboração do ano passado com o Fundo SINO-ECO para lançar o ERICEE, uma iniciativa que resultou na colaboração acadêmica da CEIBS com 16 países da ECO, seus think tanks de nível nacional e escolas de negócios renomadas, e fornecer suporte intelectual aos departamentos de estado relevantes para cooperação na ECO. Todos esses esforços são complementados pelo fórum de Praga, que é uma "ponte para o trabalho com parceiros europeus, para promover cooperação nos negócios entre a China e a Europa", disse o professor Li.
O evento foi refinado com dois painéis de discussão com importantes executivos chineses e tchecos. A primeira discussão cobriu práticas e exemplos de investimento nos dois países. Entre os participantes dos painéis estavam o presidente-executivo da SINO-CEEF Europe, Jin Chen; o presidente da Câmara de Comércio Tcheca, Vladimir Dlouhy; o diretor-executivo da COSCO SHIPPING Lines (Europa Central) s.r.o., Zhongming Luo; o presidente da Zhejiang Huajie Investment Development Co., Ltd., Fengde Zhang; e o presidente do conselho da Deloitte (República Tcheca), Josef Kotrba.
O dia terminou com um painel de discussão sobre o "Novo Espaço para Cooperação China-Tcheca, que teve contribuição do presidente do Conselho e diretor de Administração da CEZ ESCO, Kamil Cermak; do presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas da República Tcheca, Karel Havlicek; do gerente de país da Dahua Technology Czech s.r.o, Zhenyu Hu; do presidente do Conselho da Czech General Aircraft, Petr Hyl; e do gerente de Grupo de Negócios da Huawei Technologies (República Tcheca), Peter Basek.
O fórum é um dos cinco que estão sendo promovidos pela CEIBS, a principal escola internacional de negócios da China, com parceiros da Europa. Os eventos fazem parte da iniciativa mais ampla CEIBS Insights 2018, lançada para marcar o 15º aniversário da Parceria Estratégica Abrangente China-UE, por observar o papel que a CEIBS exerceu e continua exercendo na promoção dos laços sino-europeus. Antes do evento de Praga, a CEIBS promoveu fóruns em Munique e Londres, em 17 e 19 de julho, respectivamente. Os próximos eventos da série CEIBS Insights Europe Forum 2018 serão realizados em Paris, em 19 de outubro, e em Zurique, em 24 de outubro.
Sobre a CEIBS
A China Europe International Business School (CEIBS) está entre as principais escolas internacionais de negócios na Ásia, onde ela foi a única a ser simultaneamente incluída na lista do Financial Times dos 30 melhores programas de MBA, EMBA e Educação Executiva.
A CEIBS tem mais de 20.000 ex-alunos, de mais de 80 países, e tem fornecido uma ampla variedade de programas de administração a mais de 150.000 executivos, domesticamente e no exterior. A equipe acadêmica da CEIBS é equipada unicamente para oferecer uma combinação de Profundidade da China e Amplitude Global em ensino e pesquisa.
A CEIBS tem campus em Xangai, Pequim, Shenzhen, Zurique e Acra.
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FONTE China Europe International Business School