Compreender o funcionamento do cérebro infantil é o caminho para potencializar o aprendizado nas escolas
Pesquisas científicas direcionadas para o funcionamento do cérebro humano já possibilitaram o desenvolvimento de técnicas utilizadas hoje para ampliar competências individuais e melhorar o rendimento de funcionários no trabalho através da autorrealização. Empresas investem em profissionais que ajudam seus colaboradores a vencer obstáculos como timidez e ansiedade, eliminar o estresse e ganhar qualidade de vida. Mas, essas técnicas que permitem otimizar o funcionamento das matrizes de inteligência ainda não têm sido tão aplicadas nas escolas. No Rio de Janeiro, a Neuroeducação não é colocada em prática em nenhum colégio. O Centro Educacional Miraflores, atento aos benefícios que esta ferramenta científica pode trazer para a educação infantil e o ensino fundamental, decidiu apostar na ideia e a partir de agosto sedia o primeiro curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Neuroeducação do estado.
O curso foi projetado pelo Instituto de Pesquisas em Neuroeducação e é chancelado pelo Centro Universitário Ítalo-Brasileiro, instituição de ensino em São Paulo com mais de 60 anos de existência. O objetivo é capacitar educadores, especializados em Neuroeducação, para otimizar o desenvolvimento das competências dos alunos. Muitas vezes, uma criança é julgada como preguiçosa ou desatenta porque parece não demonstrar interesse pela aula ou por frequentar a escola. Para os neuroeducadores, a culpa pode não ser do aluno, mas da forma como o conteúdo é dado ou da maneira como o professor apresenta os conceitos.
"Cada aluno funciona de maneira diferente"
“Se uma criança tem o funcionamento cerebral com estímulos extremamente visuais, ela vai achar difícil se concentrar em um professor que só fala o tempo todo. Neste caso, é importante despertar o interesse com imagens. Cada aluno funciona de maneira diferente, por isso o educador tem que estar atento e bem instrumentalizado para encontrar o melhor modo de estimular a criança”, explica a diretora do Instituto de Pesquisas em Neuroeducação e responsável pela Pós-Graduação, Susan Leibig.
O curso será oferecido na Unidade Laranjeiras do Miraflores e é aberto a todos os interessados. “A educação não pode ficar parada no tempo; às vezes, é preciso aperfeiçoar algumas técnicas e abandonar outras já ultrapassadas”, comenta Luiz Eduardo Rocha Lima, diretor-administrativo do Centro Educacional. “Para nós, é muito importante investir na capacitação dos professores, tanto que já faz parte da rotina do Miraflores que eles participem de programas de educação continuada, para que estejam sempre atualizados com o que há de mais relevante em educação”, avalia Luiz Eduardo. "O curso em Neuroeducação vai permitir que eles utilizem os conhecimentos adquiridos sobre as atividades cerebrais para desenvolver aulas ainda mais dinâmicas", acrescenta. A Neuroeducação vai ajudar a potencializar resultados obtidos com os alunos, auxiliando aqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem, seja por falta de atenção, timidez ou baixa-estima.
O curso no Rio de Janeiro terá duração de dois anos, com início em agosto de 2011. Reconhecida pelo MEC, a Pós-Graduação será certificada pelo Unítalo - Centro Universitário Ítalo-Brasileiro, São Paulo. Mais informações podem ser obtidas no portal da Neuroeducação www.neuroeducacao.com.br ou pelo telefone (11) 4112-3389.