A Organização das Nações Unidas (ONU) realizou ontem (26), um encontro virtual para debater sobre pós-pandemia no mundo. Com o tema "O futuro que queremos, sem deixar ninguém pra trás", o evento reuniu representantes do governo federal, comunidade internacional e sociedade civil.
"A pandemia está pondo à prova a capacidade dos países de trabalharem juntos de forma solidária. A cooperação e a solidariedade entre pessoas e países é justamente o que mais precisamos neste momento. Precisamos repensar e reaprender a trabalhar e a produzir", declarou o coordenador-residente do Sistema ONU, Niky Fabiancic.
"Os avanços que havíamos tido em temas como combate à pobreza e à fome, redução das desigualdades e proteção ambiental encontram-se agora sob ameaça de retrocesso. Seguimos com a Agenda 2030 e seus 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) continuam sendo um marco eficaz para guiar nossos passos nessa reconstrução", explicou Fabiancic.
A Agenda 2030 é um plano de ação elaborado para atingir metas globais por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os 17 objetivos são os seguintes:
- 1 - Erradicação da pobreza;
- 2 - Fome zero e agricultura sustentável;
- 3 - Saúde e bem-estar;
- 4 - Educação de qualidade;
- 5 - Igualdade de gênero;
- 6 - Água potável e saneamento;
- 7 - Energia limpa e acessível;
- 8 - Trabalho descente e crescimento econômico;
- 9 - Indústria, inovação e infraestrutura;
- 10 - Redução das desigualdades;
- 11 - Cidades e comunidades sustentáveis;
- 12 - Consumo e produção responsáveis;
- 13 - Ação contra a mudança global do clima;
- 14 - Vida na água;
- 15 - Vida terrestre;
- 16 - Paz, justiça e instituições eficazes;
- 17 - Parceria e meios de implementação.
Na ocasião, Alessandra Nilo, membro da ONG Gestos e do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, explicou que os ODS é o maior exercício de diplomacia internacional da história. "Hoje reafirmamos nossa crença de que é possível reconstruir um mundo melhor e mudar o jogo das desigualdades. O ODS mostram como tais mudanças podem ocorrer nos territórios, sempre com base nos direitos humanos e na ciência", declarou.
Em relação à pandemia, Nilo elogiou as iniciativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus esforços para auxiliar os países na utilização da ciência como referência na resposta à Covid-19.
"A ONU vem honrando sua tarefa histórica de propiciar uma plataforma flexível de diálogo, a partir da qual as diferentes nações possam debater e negociar temas da agenda multilateral. No plano prospectivo, cabe reconhecer a necessidade de reforma da ONU para que a Organização possa mais fielmente servir aos interesses dos povos constituídos em nações, mediante benefícios palpáveis para eles no curto prazo", declarou o diretor do Departamento de Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, Adriano Pucci.
O evento virtual fez parte das iniciativas da UN75 - projeto lançado no início do ano pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que visa conversa global sobre "o futuro que queremos". O UN75 promove diálogos sobre diversos aspectos sociais, em especial com os jovens, com o objetivo de construir uma visão global para 2045, ano em que a ONU completa seu centenário.
Para mais informações sobre a reunião online acesse o portal da ONU Brasil.