Métodos de amostragem em Ambientes Pelágicos

Por José Henrique Garcia
Categorias: Oceanografia
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Os métodos de amostragem em ambientes aquáticos são importantes ferramentas para o entendimento da biologia e ecologia dos organismos que ali vivem.

A coleta de informações do ambiente pelágico (região oceânica) pode ser muito difícil de ser realizada, devido a diversos fatores. A observação dos organismos neste ambiente é um destes fatores, devido ao fato que o ambiente pelágico é muito extenso, tendo um difícil acesso (necessita de embarcação). Um outro fator é que os organismos que ali vivem, podem possuir grande capacidade de movimentação e devido a este fator o ambiente pelágico não guarda informações permanentes.

Para tentar compreender estes organismos que vivem no ambiente pelágico surgiram métodos de coleta de informações, que é caracterizado pela coleta de amostras biológicas que poderão ser realizadas em diferentes profundidades, diferentes condições de temperatura e salinidade. Estas amostras poderão ser do tipo qualitativa e quantitativa.

A amostragem qualitativa é um tipo de coleta que apenas permitirá a identificação da biodiversidade e distribuição geográfica. Estas coletas não poderão ser usadas para estimar o esforço amostral (avistagens oportunistas, sistemas de aquisição de imagens).

Amostrador remoto ROVs.

A amostragem quantitativa permite quantificar as espécies coletadas. Através deste tipo de coleta pode-se definir uma unidade amostral, sendo comparáveis entre áreas amostradas, tempos e amostradores (redes).

A coleta de informação ela pode ser do tipo Remota, onde não exige a coleta do organismo e permite saber a distribuição e abundância dos organismos (avistagens, prospecção acústica), ou pode ser uma coleta física que necessita capturar o organismo e através deste tipo de amostragem pode-se obter dados de parâmetros biológicos (redes).

Rede MOCNESS

As redes utilizadas para a coleta de informações podem ser de diversos tipos, e para a seleção do tipo de rede utilizada dependerá do tipo de organismo que se quer coletar e do ambiente onde este se encontra (fundo, meia água ou superfície) e do tamanho do organismo. Quando as redes são utilizadas, devem se obter várias informações, como: profundidade, latitude e longitude, velocidade de arrasto, tipo de arrasto dentre outras.

Rede de meia água Isaac Kidd.

Para amostradores remotos pode-se utilizar de ferramentas como a hidroacústica, que interpreta padrões biológicos, porém necessita de conhecimento de como os organismos se comportam acusticamente. A hidroacústica através da ecointegração permite realizar estimativas de abundância dos organismos. Um outro amostrador remoto são as avistagens que podem ser de superfície (avistagem de cetáceos) ou avistagens subaquática de organismos, que podem ser realizadas por câmeras rebocadas por embarcação ou serem autônomas (Véiculos operados remotamente -ROVs, Landers e mergulhadores). A avistagem subaquática são realizadas para gerarem informações de organismos difíceis de serem coletados e frágeis. As avistagens de superfície são mais utilizadas para cetáceos e aves, permitindo a estimativa de abundância e distribuição.

Alguns tipos de redes:

Referências:
Barreto, A. S. Material digital da disciplina de Nectologia, Curso de Oceanografia - UNIVALI, 2009.
https://web.archive.org/web/20111023231931/http://oceanexplorer.noaa.gov/technology/tools/trawl/media/ikmt.html

http://www.gma.org/onlocation/mocness.html
http://www.soest.hawaii.edu/expeditions/Kauai/overview.htm

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