No campo de estudos da aprendizagem, sabe-se que existem uma grande variedade de correntes teóricas que visam discorrer sobre modelos e tipos de aprendizagem, que repercutem no desenvolvimento de práticas pedagógicas escolares e extra-escolares. As teorias cognitivistas da aprendizagem, por exemplo, destinam-se a estudar prioritariamente as estruturas do saber, os processos mentais, as estratégias didáticas de ensino, focando-se na solução de problemas e no processamento da informação, visando a transposição das aprendizagens do indivíduo para novas situações.
Objetivando construir e aplicar metodologias de ensino-aprendizagem eficientes, alguns teóricos preocuparam-se em investigar a aprendizagem escolar por meio da análise das decorrências desse processo na construção de saberes pelos indivíduos, passando a apresentar categorizações de modelos de aprendizagem.
Modelos de aprendizagem podem ser definidos como maneiras ou processos pelos quais as pessoas aprendem ou constroem conhecimentos. Ao analisar diversas teorias de aprendizagem é possível agrupá-las em três grandes grupos básicos:
1. Teorias de Ambientalistas: entendem a aprendizagem como sendo, em grande medida, decorrente do ensino em ambientes formais de transmissão do conhecimento historicamente sistematizado. Nessas teorias a aprendizagem é conseqüente da ação de pessoas que sabem algo, ou sabem fazer algo, e ensinam a outros aquilo que sabem. Essas teorias se vinculam à educação escolar.
2. Teorias Inatistas: compreendem a aprendizagem como sendo inata ao indivíduo, decorrente de atividades da própria pessoa que aprende, atividades essas que englobam a observação e a imitação, a pesquisa, o estudo e a reflexão. São teorias que se vinculam ao conceito de autodidatismo e a idéia de que a aprendizagem decorre de capacidades intrínsecas à pessoa.
3. Teorias Sócio-interacionistas: concebem a aprendizagem como conseqüência direta da interação entre as pessoas, interação essa que se manifesta por meio da troca de idéias, de diálogo, da discussão e da crítica. A aprendizagem é vista como conseqüência das relações estabelecidas entre o sujeito e seu meio sócio-cultural. São teorias que priorizam a socialização.