Mona Lisa, a mais célebre e intrigante obra de Leonardo Da Vinci e talvez de todo a história da arte, também conhecida por La Giocondo, representa uma dama florentina, cujo nome era Lisa, dona de um ligeiro sorriso que tem motivado grandes controvérsias ao longo dos tempos. Concebida entre 1503 a 1505, medindo 77cm x 53cm, este óleo sobre madeira encontra-se atualmente no Museu do Louvre em Paris onde e é a principal atração desse museu.
Nessa obra Leonardo Da Vinci utilizou deliberadamente a técnica do sfumato, técnica criada pelo próprio artista que consiste em mesclar e suavizar as formas intensificando luz e sombra, sem a utilização de linhas de contorno. Da Vinci emprega essa técnica especialmente nos cantos da boca e nos arredores dos olhos da pintura. A utilização dessa técnica fez com que seja quase impossível desvendar a verdadeira expressão da modelo. Mona Lisa serviu de referência para pinturas de retratos futuros.
No quadro a modelo se encontra no centro da tela onde podemos observa-la de busto (meio corpo) e ao fundo em segundo plano há uma paisagem distante. O primeiro e segundo planos se complementam e se harmonizam entre formas e cores. Para compor a obra, Da Vinci usou uma composição em forma de triangulo onde as mãos da modelo formam a base do triângulo e a cabeça forma o topo, a mesma luz é refletida nas mãos, no pescoço e no rosto. Leonardo utiliza a mesma técnica piramidal para compor outras obras de sua autoria como a Virgem dos Rochedos. Conhecimentos matemáticos foram usados para buscar o equilíbrio entre as formas.
O sorriso de interpretação duvidosa é atualmente motivo de grande mistério. O sorriso de Mona Lisa já foi interpretado como inocente, triste, sensual, pretencioso entre outros, recentemente cálculos realizados em programas computacionais na Holanda, descreveram o sorriso como 83% feliz.
Pouco se sabe sobre sua verdadeira história da mulher retratada, porém muitos historiadores concordam que ela era mulher de Francesco del Giocondo, um rico comerciante de Florença. Lisa Gherardini, tinha 25 anos quando foi retratada pelo artista e apesar de ser mostrada com uma pose altiva, usa vestes simples para uma mulher de um homem rico.
Cogita-se também que a pintura poderia ser uma imagem de mulher idealizada pelo artista. Outro hipótese é que a pintura seria o retrato do próprio Leonardo Da Vinci, considerando que as características de um auto-retrato do artista e as características de Mona Lisa se alinham de forma perfeita. Essa hipótese, apesar de muito difundida, é bastante improvável, acreditam os historiadores.
Tornou-se tão habitual vermos esse retrato estampando postais e objetos de designe que já não a percebemos como uma pintura, representando uma mulher de carne e osso, feita há mais de 500 anos. Mona Lisa é a máxima expressão da popularização de uma obra de arte, adquirindo um status de ícone cultural.
Referências:
Pinacoteca Caras. São Paulo: Editora Abril, 1998, nº 01.
GOMBRICH, E.H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
MONA LISA FAZ 500 ANOS. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252004000200030&script=sci_arttext .