A mandrágora, cientificamente denominada Mandragora officinarum L.,é um vegetal pertencente à família das Solanaceae. Ela é famosa por supostamente apresentar algumas qualidades de natureza medicinal, tais como atributos afrodisíacos, alucinógenos, analgésicos e narcóticos.
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Gênero: Mandragora
Espécie: Mandragora officinarum
Esta planta é constituída por seis tipos de ervas perpétuas, desprovidas de troncos, dispostas na forma de diminutas rosas com folhas no formato oval, providas de imensas raízes divididas em dois ramais semelhantes a feições humanas. Elas estão disseminadas pelos territórios mediterrâneos, e chegam a alcançar o Himalaia. As frutas por elas produzidas são similares a uma minúscula arma, uma espécie de porrete, e têm um intenso mau cheiro.
A expressão que denomina este arbusto provém do termo grego que significa planta, e há a possibilidade desta palavra ser uma alteração do vocábulo assírio ‘nam tar ira’, que tem o sentido de ‘droga masculina de Namtar’, pois este vegetal tinha a fama de erradicar o problema da esterilidade.
A utilização da raiz deste arbusto é bem remota. Encontram-se referências a ela nas Escrituras, nas passagens do Gênesis 30:14 e do Cantares 7:13. Ela também está presente nos mitos da Idade Média; dizem as lendas que as raízes tinham que ser arrancadas da terra sob a luz da lua cheia, trazidas do subterrâneo por uma corda amarrada a um cachorro de cor preta. Se outro bicho ou um humano realizasse o mesmo trabalho, a raiz ‘vociferaria’ de tal forma que o ser morreria.
Suas virtudes narcóticas e alucinatórias foram amplamente manipuladas em ritos mágicos e na prática da bruxaria ao longo da Antiguidade e da Era Medieval. Algumas histórias também relatam que a semente desta planta era justamente o sêmen masculino de um indivíduo que teria sido morto em uma forca.
Na ficção esta planta é amplamente citada. Na peça teatral Romeu e Julieta, de William Shakespeare, crê-se que ela é o ingrediente principal da poção que a jovem ingere para simular sua morte. Na obra literária Harry Potter, de J. K. Rowling, suas raízes são as protagonistas de uma aula de herbologia; neste livro destaca-se seu poder de matar as pessoas com um grito.
No filme O Labirinto do Fauno, a mandrágora é utilizada como substância que pode atenuar as consequências da gestação difícil da mãe da heroína Ofélia. No jogo para Playstation 2, Odin Sphere, ela é usada na preparação de diferentes medicamentos para os mais distintos objetivos.
Ela se torna a personagem principal do mangá – quadrinhos japoneses – Mx0, no qual esta planta adota o formato humano por se encontrar em um campo dotado de poderes mágicos. E também é mencionada na canção ‘Poisoner’, da banda Ali Project. Na animação ‘Cavaleiros do Zodíaco’ há uma figura fantástica denominada Queen de Mandragora. Este vegetal é, assim, indicado em várias outras produções artísticas.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mandrágora
https://web.archive.org/web/20120629195122/http://plantasmagicas.blog.com:80/2007/07/12/mandragora/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/plantas/mandragora/