Os ovos dos tenídeos são indistinguíveis na microscopia de luz. Eles são em forma ovoide e elípticos. Sua camada mais externa é delicada e contém algumas pequenas células vitelínicas que são removidas do ovo antes de serem expelidas da proglótide. No interior da membrana externa está o embrióforo que é uma estrutura protetora grossa composta por blocos em forma de polígono. Nos ovos da T. hydatigena, T. ovis e T. pisiformis a composição química do embrióforo é um tipo de proteína queratinizada. Uma substancia de cimentação mantém estes blocos juntos, esta é susceptível as enzimas proteolíticas do intestino delgado. No interior dos blocos do embrióforo há uma camada granular e entre ele e a oncosfera, há uma membrana oncosferal.
A oncosfera está contida dentro de um epitélio sincicial e sua superfície externa é lançada em varias projeções filamentosas. O complexo de músculos é anexado á lamina basal que se situa abaixo do epitélio, e ao colar e a base dos ganchos, enquanto bandas do músculo somático envolvem a oncosfera sob a lamina basal.
A estrutura que pode ocupar pelo menos um terço do volume de uma oncosfera recém-eclodida é uma glândula penetrativa. As glândulas das oncosferas de diferentes espécies de ciclofilídeos tem estrutura similar, mas variam em poucos detalhes. A glândula abre-se para o sincício via epitélio através de dutos conduzido a partir do ápice de cada lóbulo. A razão da exisgência das glândulas não é conhecida e alguns autores sugerem que os grânulos contidos nelas podem ser de tipos diferentes e terem mais de uma função como estar relacionada à penetração no tecido do hospedeiro ou na ativação da oncosfera.
Ovos de tenídeos eclodem e o embrião torna-se ativado em resposta ao meio químico do estomago e do intestino delgado do hospedeiro. O processo envolve duas fases: a desintegração do embrióforo e a ativação do embrião pela membrana oncosferal. A desintegração do embrióforo ocorre primeiramente da dissolução da cimentação que une os blocos de queratina. Várias espécies de ovos de tenídeos têm sido eclodidos in vitro e simulam como se estivessem no estomago e no intestino delgado. A suscetibilidade da dissolução da substancia cimentada varia e vai depender da enzima proteolítica usada.
FONTE:
Chew, M.K.W.. Ultrastructural observations on the oncosphere and associated structures. J. Helminthol. 57, 101–113, 1983.
Coman, B. I. & Rickard, M.D. The location of Taenia pisiformis, Taenia ovis and Taenia hydatigena in the gut of the dog and its effects on net environmental contamination with ova. Zeitschriftfur Parasitenkunde v. 47, n.4, p.237-248, 1975.
Fairweather, I. and Threadgold, L.T. Hymenolepis nana: the fine structure of the 'penetration gland' and nerve cells within the oncosphere. Parasitology v. 82, p. 445-458, 1981.