Lista de questões de vestibulares sobre os governos Populistas e o Populismo. Ler artigo Populismo.
Entre as décadas de 1930 e 1950 é possível observar a emergência de regimes denominados populistas em diferentes países latino-americanos.
Sobre esses regimes na América Latina na primeira metade do século XX, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) paras as afirmativas falsas.
( ) Regimes populistas, de forma geral, podem ser definidos como governos fortes e centralizados sob o domínio de líderes reformistas, ao mesmo tempo autoritários e carismáticos, com grande apoio popular.
( ) Os principais representantes do populismo na America Latina são Evo Morales, na Bolívia; Hugo Chavez, na Venezuela; e Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil.
( ) Os principais representantes do populismo nesse período foram Getúlio Vargas, no Brasil; Lázaro Cárdenas, no México; e Juan Domingo Perón, na Argentina.
( ) No Brasil, por meio de forte propaganda política, promoção de grandes cerimônias públicas e da instituição de uma legislação social, Getúlio Vargas conseguiu fazer com que a maioria dos trabalhadores urbanos o identificasse como defensor das causas sociais e dos interesses nacionais.
( ) Os governos populistas da Argentina, do Brasil e do México investiram na reforma agrária em uma forte política de redistribuição de renda, iniciando um período de grande prosperidade e desenvolvimento social na América Latina.
Assinale a alternativa que contém a seqüência correta, de cima para baixo.
F V F V V
V V F V V
V F V V F
F F V V F
V V V V V
Muitos intelectuais, boa parte da imprensa e dos meios de comunicação, e a sociedade em geral usam o termo populismo para caracterizar uma prática política contemporânea que relaciona as massas e o governante.
Sobre o populismo, é correto afirmar que:
A figura do líder é fundamental no populismo, a exemplo de Getúlio Vargas e Jânio Quadros, sendo muito forte no Brasil entre 1930 e 1964. Tal prática requer carisma do líder, a fim de diminuir a participação das massas e impedir o nacional-desenvolvimentismo.
As massas, em suas expectativas, alinham-se às camadas médias, que são ressentidas por não se tornarem classes dominantes. Surgem, nesse processo, líderes vindos das camadas médias que manipulam as massas, destituídas de vontade política.
Ocorre uma associação entre as massas urbanas e o dirigente político carismático que exerce o papel de liderança. É um fenômeno de participação política das classes populares urbanas pouco atingidas pelo desenvolvimento industrial e pelas migrações.
O termo é muito usado para nomear um fenômeno político comum na América Latina entre as décadas de 1930 e 1960, sendo associado aos processos de industrialização, urbanização e à emergência de líderes carismáticos.
Pela leitura do texto, infere-se que a expressão "mero populismo”, empregada no terceiro parágrafo, significa:
prática de quem simula defender interesses das pessoas com menos recursos econômicos, de modo a conquistar-lhes aceitação e simpatia.
comportamento subserviente daqueles que se propõem a exercer influência sobre as atitudes de pessoas de todas as classes sociais.
modo de os partidos políticos estabelecerem relação direta com a população carente, a fim de obterem mais apoio.
forma como as massas populares se sentem diante do autoritarismo exercido pelas classes mais favorecidas.
“O populismo é produto de uma situação política geradora da ‘proletarização’ de amplas camadas sociais, que em meio à transição para uma sociedade desenvolvida industrialmente perde sua identidade social, transformando-se em ‘massa de manobra’. O fenômeno populista aflora na identificação pelas massas de uma liderança julgada capaz para o exercício do poder de sorte a protegê-la do desemprego e da miséria. O populismo estabelece uma relação direta entre o líder e as massas, exalta o poder público e transforma o líder na própria encarnação do Estado protetor dos trabalhadores pobres e humildes. Nesta relação, os interesses de classe ficam subordinados aos interesses ‘nacionais’, propondo dessa forma a identificação dos trabalhadores com a nação (...) Nestes últimos anos, os historiadores têm procurado reavaliar o sentido que é atribuído ao fenômeno populista. Neste processo em que se estabelece uma relação inorgânica direta entre o líder e as massas, não há apenas uma subordinação mecânica do povo trabalhador com a autoridade no exercício do poder. Há como uma troca que permite, em contrapartida, o fortalecimento dos canais representativos das demandas populares, sejam elas os sindicatos ou partidos, sendo que no caso brasileiro os primeiros foram muito contemplados. Assim, não teria existido uma via de mão única a beneficiar somente os interesses governamentais e sim conquistas – embora tardias – que vieram a atender efetivamente os trabalhadores”. Lincoln de Abreu Penna. República brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 197 – adaptado).
Com base no texto acima e nos conhecimentos sobre o populismo no Brasil, pode-se afirmar que:
João Goulart foi um líder populista, ao ponto de concluir reformas sociais profundas com o apoio dos trabalhadores, o que o manteve no poder até o fim do seu mandato, apesar das críticas da elite econômica;
A relação supostamente direta entre o líder populista e o povo evita que os trabalhadores exijam benefícios trabalhistas;
Segundo a nova avaliação dos historiadores, ao mesmo tempo em que os líderes populistas se beneficiam do apoio popular, os trabalhadores reivindicam-lhes mudanças;
O populismo consiste em sobrepor os interesses particulares aos interesses nacionais, de modo que as disputas de classe sejam minimizadas em prol do bem comum;
Por ser o populismo um fenômeno específico do cenário político das décadas de 1940, 1950 e 1960, não é possível encontrar traços populistas nos políticos atuais, uma vez que os elementos que o caracterizam perderam eficiência na conquista por votos.