A Acrossemia é a redução de palavras por meio de suas iniciais, é a diminuição de expressões a siglas. Os casos mais comuns de Acrossemia se apresentam em partidos políticos, nomes de universidades dentre outros usos. Por exemplo:
- SA – Sociedade Anônima
- CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica
- CAN – Correio Aéreo Nacional
- PT – Partido dos trabalhadores.
- MDB – Movimento Democrático Brasileiro
- UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.
- NSJC - Nosso Senhor Jesus Cristo
- DCA - Defesa Contra Aeronaves
- Petrobrás – Petróleo Brasileiro
- Arena – Aliança Renovadora Nacional
- IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- INEP – Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos
- MEC – Ministério da Educação e Cultura
- OEA – Organização dos Estados Americanos
- ONU – Organização das Nações Unidas
- VASP – Viação Aérea São Paulo
Uma vez criada, a sigla passa a ser sentida como uma palavra primitiva, passa a ter valor e autonomia de palavra, capaz de formar derivados como arenista, petista, emedebista, etc. Em alguns casos, assumem outros valores conotativos, fazendo com que se tornem homônimos, como é o caso de CEU – Clube dos Estudantes Universitários, que pode ser associado ao espaço infinito onde se movem os astros, o paraíso.
Assim como na Braquissemia, a acrossemia também é criada de acordo com a combinação de sílabas. Como por exemplo:
- Tassiane = Tasso + Liliane
- Mazé = Maria José
- Claralate = Santa Clara + chocolate
Em alguns casos, a acrossemia substitui definitivamente a expressão que designa. Como é o caso da palavra radar, que significa Radio detected and ranging. Já as iniciais de very important person – VIP - já são mais conhecidas.
Segundo Cunha, o ritmo acelerado em que vivemos nos dias atuais, pede uma elocução mais rápida e o encurtamento de palavras evolui na mesma medida com tal rapidez.
Referência Bibliográfica:
CUNHA, Celso. Gramática do Português Contemporâneo. Belo Horizonte: Bernardo Álvares S. A., 6a ed.1976. 509p.