Lista de questões de vestibulares sobre os Conectivos na Língua Portuguesa. Ler artigo Conectivos.
No fragmento “A vida ganhou em qualidade, prorrogando a juventude, sem com isso perder os benefícios da longevidade bem-vinda [...], a oração destacada expressa ideia de:
Condição
Consequência
Concessão
Comparação
Causa
Deve ser marcada a opção que corresponde à ideia expressa pela frase em destaque no fragmento: “A vida ganhou em qualidade, prorrogando a juventude, sem com isso perder os benefícios da longevidade bem-vinda [...].
A resposta da questão é a letra C - Concessão. Visto que a frase expressa uma concessão (contradição) para o que afirma a frase anterior (principal).
As conjunções, as preposições e alguns grupos de pronomes formam a classe dos conectivos, que são palavras de que a língua dispõe para estabelecer relações sintáticas e semânticas entre os diferentes enunciados de um texto, fazendo com que este não seja apenas um aglomerado de frases, mas um todo uno, coeso e coerente. Dessa forma, tais conectivos, muito mais do que “ligar” um enunciado a outro, influenciam na construção do sentido do texto.
Assim sendo, assinale a alternativa INCORRETA em relação ao uso do conectivo e o efeito semântico que esse uso provoca:
O título do texto é iniciado com o conectivo “por que”, equivalente a “por qual razão”, “por qual motivo”. O uso do “por que”, nesse caso, sugere ao leitor a ideia de que o autor irá elencar quais são os motivos pelos quais o Brasil deve ser considerado “o melhor país do mundo”. No entanto, são elencados vários exemplos que desconstroem a imagem ufanista/nacionalista do Brasil, tão presente na memória dos brasileiros;
A conjunção “embora”, presente no enunciado “[...] embora fique a apenas 300 quilômetros do Rio de Janeiro [...]” (linha 9), tem valor concessivo, ou seja, exprime contrariedade. Nesse caso, a contrariedade de ideias se expressa no fato de que não seria comum, Cataguases, uma cidade, relativamente próxima ao Rio de Janeiro, não ter contato com as diferentes etnias e culturas tão frequentes na “Cidade Maravilhosa”;
No enunciado “[...] ganhou tanto dinheiro que logo passou à frente a carrocinha [...]” (linha 16/17), a locução conjuntiva “tanto que”, exprime a ideia de comparação, com o objetivo de enfatizar a prosperidade do imigrante japonês no Brasil, o que só foi possível, graças ao acolhimento que recebeu do povo brasileiro;
Há, no enunciado, “[...] que estamos oprimindo as mulheres, e os negros, e os índios, e os homossexuais [...]” (linhas 55 e 56), o uso reiterado da conjunção “e”. Além do valor aditivo, uma vez que indica a soma de novas ideias, a repetição dessa conjunção, no texto em questão, não serve apenas para chamar a atenção do leitor para os substantivos “mulher”, “negro”, “índios” e “homossexuais”, mas também, pode-se dizer que tal repetição pretende estender o efeito de inclusão expresso pelo conectivo aos sujeitos representados por esses substantivos, os quais, normalmente, são vítimas de exclusão e preconceito na sociedade;
No enunciado “Temos pois que, antes [...]” (linha 51), a conjunção “pois”, posposta ao verbo, indica uma conclusão, que remete à necessidade de reconhecer e aceitar a diversidade existente no Brasil.