Os substantivos podem variar quanto ao seu grau. Deste modo, eles podem apresentar-se com seu sentido diminuído ou aumentado.
Exs.:
- carro – carrinho (diminutivo) – carrão (aumentativo)
- Dente – dentinho (diminutivo) – dentão (aumentativo)
- Casa – casa pequena (diminutivo) – casa grande (aumentativo)
- Cachorro – cachorro pequeno (diminutivo) – cachorro grande (aumentativo)
Há duas maneiras de formar o aumentativo e o aumentativo: sinteticamente e analiticamente.
Sinteticamente
Os graus aumentativo e diminutivo são formados a partir do acréscimo de um sufixo ao grau normal do substantivo.
Exs.:
- sala – salinha (diminutivo)
- caderno – caderninho (diminutivo)
- homem – homenzinho (diminutivo)
- caneca – canecão (aumentativo)
- dedo – dedão (aumentativo)
Os sufixos aumentativos mais comuns do português são estes:
- aça – caraça
- aço – calhamaço
- alha – muralha
- ão – formigão, copão, cachorrão, pernão, dedão.
- uça - dentuça
Os sufixos diminutivos mais frequentes no português são:
- acho – riacho
- ebre – casebre
- eco – padreco
- ejo – vilarejo
- -eto, -eta – maleta
- inho – menininho
- inha – menininha
- -zinho, -zinha – irmãzinha
- isco - chuvisco
Analiticamente
Os graus aumentativo e diminutivo são formados a partir do acréscimo de uma palavra com sentido de aumento (grande) ou de diminuição (pequeno).
Exs.:
- sala pequena
- caderno pequeno
- caneca grande
- dedo grande
Observação: Nem sempre o grau diminutivo é utilizado para indicar tamanho físico, muitas vezes ele é utilizado para expressar desprezo e crítica em relação objetos ou pessoas.
Exs.:
- Esse livreco não vale nada.
- João é um padreco!
- Povinho estranho.
Por outro lado, algumas palavras utilizadas no grau diminutivo também podem indicar carinho.
Exs.:
- Minha maninha é um amor.
- Minha mãezinha linda!
- Camila é tão lindinha!
Bibliografia:
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 38 ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 41 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1998.
PERINI, Mario A. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
SOUZA, Jésus Barbosa de; CAMPEDELLI, Samira Youssef. Minigramática. 2 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2000.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/portugues/flexao-de-grau-nos-substantivos/