O agente cultural não é um mero promotor de atividades, ele é um profissional que provém da esfera pública – atuando como agente cultural público – ou da sociedade civil – desempenhando o papel de agente cultural comunitário -, e se dedica a insuflar energia na cultura potencial da agremiação na qual ele exerce sua ação.
Melhor dizendo, este profissional estimula, compartilha e impulsiona as vivências das comunidades produtoras de cultura de uma dada localidade. Ele está vinculado, assim, com as iniciativas e procedimentos culturais de uma região, não somente como um gestor de práticas culturais, mas como alguém que direciona sua percepção para a esfera sócio-cultural, atuando como mediador entre o âmbito público e os grupos comunitários.
Este empreendedor deve ser criativo e ter o poder de preparar criticamente um conjunto de pessoas. Desta forma ele está preparado para não só trazer em si a capacidade de acumular lembranças coletivas, mas também o dom de ordená-las, partindo da aptidão de compreender a dimensão temporal da cultura.
Neste sentido, seu papel passa também pela necessidade de estimular ações culturais próprias de um regime democrático. Para tanto, o agente cultural deve instaurar recantos públicos comunitários, sempre agindo de forma transparente, de modo que a gestão cultural municipal não tenha nada a ocultar dos membros de sua sociedade.
A esfera pública, neste contexto, é responsável por estimular e dar suporte à produção artístico-cultural da comunidade e pelo revigoramento do patrimônio cultural da sociedade em questão, com a consequente preservação de sua qualidade. Cabe ao governo implementar meios para elaborar, disseminar e difundir produtos culturais e artísticos, por meio de fundos criados pela própria comunidade e verbas nacionais. Ela deve, igualmente, formar os agentes culturais e prepará-los para o mercado de trabalho.
Há pelo menos três modalidades de agente cultural. O dirigente cultural é o funcionário público capaz de administrar a política de cultura implementada pelo município ou de ocupar posições como as de secretário de cultura, diretor de cultura, entre outras. Ele exige uma formação mais ampla, pois é necessário que este profissional detenha a capacidade de gerir uma esfera pública.
O agente cultural envolvido em ações culturais está estrategicamente posicionado em cargos que lhe permitem estabelecer práticas e projetos culturais na cidade em que ele atua. Englobem-se aqui animadores culturais, bibliotecários, atendentes de biblioteca, supervisores de oficinas, entre outros. Eles carecem somente de uma educação elementar, similar à dos demais profissionais desta área, e uma formação complementar, coerente com as funções que ele deve exercer.
O produtor cultural da comunidade é aquele que apresenta uma performance profissional, semiprofissional ou amadora na esfera da cultura, ou seja, artistas, artesãos, promotores culturais, etc.
Fontes:
http://devel.fpabramo.org.br/conteudo/formacao-de-agentes-culturais
http://www.culturaonline.pt/EspacoAgentesCulturais/Pages/default.aspx