O profissional economista estuda, pesquisa e planeja sistemas e modelos que visam a solução de problemas fundamentais da subsistência humana, levando em conta, especialmente, fatores como a produção, a circulação, a distribuição e o consumo das riquezas, em utilidades ou bens, utilizando para isso, conhecimentos matemáticos, estatísticos e econométricos.
Para exercer essa profissão, é necessário ser bom em matemática, ter senso crítico e raciocínio rápido. Além disso, saber escrever e falar bem. O que é um grande desafio, pois geralmente quem tem uma maior habilidade nas ciências exatas, costuma deixar de lado as habilidades lingüísticas.
O economista:
- executa o planejamento econômico financeiro responsável pela organização econômica.
- dedica-se à pesquisa e análise de mercados e preços, e também às análises de renda nacional e de conjuntura econômica.
- exerce atividades relacionadas com Moeda e Crédito, Comércio Exterior, História e Geografia Econômica, Economia, Cibernética e Câmbio.
- realiza estudos de Política Financeira e Orçamentária, bem como de trabalhos fiscais e comerciais.
- realiza estudos sobre o desenvolvimento econômico, o custo de vida e os salários.
- realiza estudos organizacionais e operacionais nos três setores da economia: primário (Agropecuário e mineral), secundário (industrial) e terciário (comércio e serviços).
O curso de economia tem duração de quatro anos. O currículo envolve, nos primeiros dois anos, disciplinas como história econômica, formação econômica do Brasil, introdução aos clássicos econômicos e métodos quantitativos (o mesmo que estatística e matemática financeira). Depois disto, estudam-se as específicas, como finanças públicas, contabilidade e balanço, macro e microeconomia e teoria do valor.
O economista pode especializar-se em Economia Matemática, Economia Agrícola, Economia Urbana, Economia Regional. Economia das Empresas, Economia Geral, Economia Industrial, História Econômica, Economia de Recursos Humanos, Análise de sistemas, Organização Industrial, Finanças Públicas, Comércio Internacional, Teoria Monetária, Métodos Quantitativos, Desenvolvimento Econômico, Elaboração e avaliação de projetos, Tributação, Metodologia de Ensino. Essa escolha vai depender da afinidade e da área de atuação do profissional.
O mercado encontra-se estável. O maior número de vagas concentra-se nos estados do Rio e São Paulo, no entanto as capitais do Norte e Nordeste vêm contratando economistas para atuar no setor público. No agronegócio e comércio exterior, o mercado está promissor e na Economia Ambiental, encontra-se em alta. Em geral, é um mercado competitivo, pois o economista disputa vagas, em algumas atividades, com contadores, engenheiros, administradores, até advogados.
Para se destacar na carreira e conquistar uma vaga neste mercado turbulento, recomenda-se que se faça especialização ou pós-graduação, pois o curso de Economia dá uma formação ampla. O domínio do inglês é fundamental e, em alguns casos, exige-se também o domínio de outra língua estrangeira, como o espanhol.
O economista pode exercer sua atividade em diversos ramos, como em instituições de desenvolvimento, de estudos e pesquisas econômicas, empresas agrícolas, industriais, bancárias, comerciais e governamentais, escritórios de projetos e consultoria, Serviço Público, Bolsa de Valores, administração judicial (participação no processo de recuperação de empresas em falência) e no ensino (em universidades – com pós-graduação).
A carga horária deste profissional varia de acordo com o cargo e sua atribuição, mas geralmente ele trabalha de sete a oito horas por dia. O salário, de acordo com o Conselho Federal de Economia (Cofecon) gira em torno dos R$3 mil para quem já tem experiência na área, pois, para um iniciante, esse valor cai para R$2 mil.
Fontes
SOARES, Natalício. Guia de Profissões. Curitiba, Bolsa Nacional do Livro, p. 135.
DAHER, Valquíria. Guia Megazine de Profissões. Rio de Janeiro, Ediouro, O Globo, 2007, p. 42-3.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/profissoes/economista/