Talento e dedicação: estes são dois quesitos essenciais na formação deste profissional. Além de ser apaixonado por música, o músico precisa ter bom ouvido, habilidade manual, ser perfeccionista, gostar de pesquisar e trabalhar em equipe, e ter disposição para estudar e praticar bastante.
Para seguir carreira, não é necessário ter diploma. Pode-se cursar um conservatório, freqüentar escolas de música ou ter um instrutor particular. Mas para quem quer se aprofundar nos estudos, a universidade é de grande importância para que o músico aprimore suas habilidades no instrumento, aprenda sobre a história da música e também saiba ler e compor partituras e peças musicais (Daher, 2007:112).
Existem músicos populares que não sabem ler partituras, mas esse conhecimento é indispensável em atividades como as do “arranjador, regente, solista e músico de orquestras sinfônicas, de jazz ou bandas militares”. Além disso, o músico costuma atuar em “grupos de vários estilos, corais, como diretor musical, preparador vocal, produtor musical, compondo ou selecionando trilhas sonoras para filmes e programas de TV e, ainda, compondo jingles publicitários”, aponta Daher.
Boa parte dos músicos faz do ensino sua maior atividade. Em escolas regulares da rede pública, é preciso ter licenciatura para lecionar. Noutras instituições, é só ter o diploma de bacharel ou o registro da OMB (Ordem dos Músicos de Brasil). Já na universidade, é preciso ter pós-graduação.
Para atuar como músico profissional, exige-se também o registro da OMB, que é adquirida através de um exame de teórico-prático. Tendo esse registro, tanto ele pode realizar qualquer trabalho na área musical como também tem direito de fazer concurso público para tocar em orquestras sinfônicas.
O dia-a-dia de um músico, segundo Isaac Karabtchevsky, diretor da Orquestra Sinfônica da Petrobrás, é dedicado essencialmente ao estudo e aprimoramento de técnicas com o instrumento. Segundo ele, numa entrevista ao Guia Megazine de Profissões, o que mais dá satisfação é quando “todos, músico e maestro irmanam-se num mesmo projeto”.
De acordo Daher, do Jornal O Globo, “o músico tem carreira muito longa, que começa, em média, aos 18 anos e pode ir além dos 70 anos”. Esse tempo todo é dedicado à carreira. É por conta disso que pouco se renova o quadro das orquestras.
A graduação leva quatro anos e oferece duas habilitações: o universitário pode optar pela licenciatura em música, permitindo que ele ensine, ou pode escolher o bacharelado em instrumentos (sopro, corda, teclado e percussão), possibilitando ao graduado atuar no canto, compor partituras e reger orquestras.
MERCADO DE TRABALHO
Para orquestras, encontra-se saturado. Existem oportunidades para quem compõe jingles publicitários. Há mercado também para quem toca à noite em cidades como o Rio de Janeiro, por exemplo, onde os grupos de samba e chorinho têm aumentado bastante.
A renda varia muito, girando em torno dos R$3 mil mensais, como é do caso de quem toca em orquestras sinfônicas. Quem é chefe de naipe já faz uma renda de R$4 mil a R$5 mil mensais. Quem toca em casamentos e festas pode faturar um cachê de R$120,00 por apresentação. Um produtor musical, este já ganha, por hora, R$400. No entanto, quem ensina, toca em orquestra e em eventos particulares pode faturar até R$10 mil mensais.
Fontes
DAHER, Valquíria. Guia Megazine de Profissões. Rio de Janeiro, Ediouro, O Globo, 2007, p. 112-3.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/profissoes/musico/