O Revisor de texto é hoje uma figura cada vez mais rara nas empresas de comunicação, que comumente o substituem por ferramentas virtuais conhecidas como corretores de texto ou ortográficos, mas estas estão muito longe de preencher a lacuna deixada pela ausência deste profissional.
O praticante deste ofício não realiza apenas uma mecânica correção gramatical, mas sim uma completa intervenção no texto a ser aperfeiçoado. O revisor pode transformar desde meras palavras aqui e ali, até parágrafos inteiros, editando-os ou enriquecendo-os com a inserção de novos vocábulos.
Nas redações ou nas editoras ele trabalha conjuntamente com os profissionais responsáveis pela publicação dos textos revisados. É importante para o bom revisor e seus coordenadores verificarem não apenas a gramática, mas também a coerência discursiva, para que os escritos não se tornem confusos para o leitor.
O profissional competente está sempre ciente do que lhe resta conhecer, das técnicas que ele necessita conquistar para se tornar ainda mais proficiente em seu campo de trabalho. Portanto, está sempre alerta para possíveis erros e falhas, constantemente em estado de aprendizado. Ele não empreende uma leitura como qualquer outra pessoa; o revisor praticamente radiografa as palavras, buscando seus meandros mais íntimos e novas possibilidades e articulações que elas lhe ofereçam.
O revisor atua normalmente nas empresas jornalísticas e nas editoras, preparando o texto até que ele se transforme em sua versão final, pronta para ser publicada. Mas ele também pode realizar a revisão de pesquisas acadêmicas, complementando a revisão inicial do próprio autor do trabalho, o qual quase sempre faz uma autorrevisão antes de transferi-lo para este profissional, pois normalmente o criador do texto está muito ligado a ele e, portanto, mais propenso a erros. Na etapa final, porém, o escritor fará uma última análise das intervenções do revisor, para captar se o objetivo de seu trabalho foi alcançado.
A revisão se processa em várias fases. A primeira delas é conhecida como revisão primária, que às vezes é difícil de distinguir da etapa do copidesque – burilamento textual que pode ser elaborado igualmente por um redator – ou da preparação de texto – sua ordenação em parágrafos, capítulos, de forma a ganhar o formato final que será consumido pelo leitor. Este trabalho de revisão se atém mais aos aspectos ortográficos e sintáticos. Nas pesquisas oriundas de instituições de ensino é também realizada, neste momento, a adequação aos parâmetros da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – ou a outros órgãos similares.
Na Revisão Secundária são enfocadas as expressões verbais, os exageros no uso da eufonia – busca de sons harmoniosos na combinação das palavras -, a linguagem coloquial, a inteligibilidade textual, a sintaxe e a explanação das idéias. Todos os aspectos do idioma são profundamente observados. A Revisão de Provas é elaborada quando o livro já está disposto visualmente no formato da página; portanto todos os detalhes relacionados a esta diagramação devem ser verificados.
Finalmente, na Revisão final, é empreendida uma leitura derradeira do escrito, quando então se observam as mínimas miudezas que podem ter restado. Lapidam-se as últimas arestas, antes que soe o momento da entrega do texto para publicação. E, claro, sempre restarão detalhes a serem conferidos enquanto for realizada uma nova busca. Daí o leitor normalmente ainda encontrar pequenos lapsos no momento do consumo do texto.
Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revisão_de_texto
http://ednucci.wordpress.com/