O estresse é uma resposta do organismo a qualquer esforço ou ação extrema como lutas, fugas, situações perigosas e outras ocasiões causadas ou não por doenças. Esses estímulos normalmente não são prejudiciais á saúde porém podem se tornar se o estímulo for frequente. Chamamos os estímulos que desencadeiam o estresse do organismo de agentes estressores, e cada ser pode ter diferentes níveis de resistência e vulnerabilidade a esses agentes. Fatores genéticos podem ser o motivo de alguns indivíduos apresentarem maior resistência a agentes estressores, consequentemente essas têm menor risco de desenvolver doenças físicas e psicológicas.
Fisiologicamente o estresse está relacionado com a ativação de glândulas cerebrais como a hipófise e o hipotálamo, onde há maior secreção dos hormônios adrenocorticotróficos que farão a ativação da glândula supra-renal fazendo com que essa libere o hormônio cortisol, esse por sua vez aumenta diversos processos metabólicos. Além da ativação dessa via também há hiperatividade do sistema simpático onde haverá sintomas relacionados com a ativação dessa via.
Como o estresse pode desencadear alterações hormonais isso poderá levar ao surgimento de diversos sintomas e doenças, geralmente os primeiros sinais do estresse estão relacionados ao sistema nervoso onde os pacientes apresentam dores de cabeça constantes, comprometimento da memória. Outros sintomas são bem comuns como espasmos e/ou dores musculares, gripes frequentes pela diminuição dos mecanismos de defesa do nosso corpo. A frequência cardíaca nesses casos podem aumentar pela hiperatividade do sistema nervoso autônomo simpático, consequentemente a pressão arterial pode se alterar, doenças como diabetes, colesterol podem estar elevados em casos de estresse.
Dentre as principais causas do estresse estão as mudanças na rotina e estilo de vida do indivíduo, problemas com a vida pessoal, no relacionamento, trabalho, sobrecarga, provas, tensões, falecimento de pessoas próximas levando a um choque emocional, prazos curtos para realizações de tarefas, privação de sono e repouso, problemas financeiros, isolamento, ou problemas sociais, troca de turnos no trabalho, doenças como depressão, ansiedade, lúpus, câncer, hipertensão, dependência de drogas como álcool, cigarro ou até mesmo o alto consumo de cafeína.
O diagnóstico é realizado por médicos ou psicólogos por investigação do estado emocional do paciente através de perguntas de sintomas e da rotina do paciente. É importante que ao apresentar qualquer sintoma relacionado acima o paciente procure orientação de um profissional de saúde, pois em muitos casos os indivíduos procuram em fases tardias onde o mesmo já apresenta complicações da doença como gastrites, enxaquecas, insônia, problemas cardíacos ou até infarto.
O tratamento de primeira escolha é a mudança no ritmo e estilo de vida da pessoa, a prática de exercícios físicos, alimentação saudáveis e prática de meditação, yoga, relaxamento e acupuntura normalmente são ótimas opções para evitar o estresse. Caso essas opções não resultem em benefícios á saúde do indivíduo há opções farmacológicas como o uso de medicamentos inicialmente naturais como a Valeriana, Passiflora, erva-cidreira, chá preto entre outros. Porém em casos que ainda haja resistência do estresse também existem opções farmacológicas mais potentes cujas quais são restritas e precisam de prescrição de um especialista.
Referências bibliográficas:
Kenneth L. D, Dennis C, Joseph T. C, and Charles N. Anxiety and stress disorders. The Fifth Generation of Progress. American College of Neuropsychopharmacology, 2002.
http://www.criasaude.com.br/N2013/doencas/estresse.html
http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/nos/alegria/estresse/sintomas.htm
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/estresse
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/psicologia/estresse/