Considera-se gênio o ser com um vasto potencial mental. A palavra gênio vem do inglês Genius, do francês Génie e do alemão Genie. Na maioria das vezes são indivíduos com um grande talento que, no caso dos artistas, amenizam seu sofrimento, suas provações terrenas e suas dores através do processo catártico, ou seja, da purificação das paixões, na criação de verdadeiras obras-primas. Desde meados do século XVII este termo indica o potencial criador nas suas mais sublimes expressões. Nas suas origens, porém, referia-se às divindades criadoras e protetoras.
No século XVIII, as correntes estéticas reduziram o conceito de gênio ao campo artístico. Kant é um dos filósofos que defendem essa corrente. Segundo ele, por isso mesmo a palavra genius denota o espírito humano, o que foi concedido ao homem a partir de seu nascimento, e desta fonte brotam as idéias que lhe ocorrem ao longo da vida. Mas tudo indica que esses artistas iluminados são perseguidos, muitas vezes, por distúrbios psíquicos ou desvios de personalidade. Alguns são atingidos por depressão e alcoolismo, como Edgar Allan Poe, Baudelaire, Rimbaud, Hemingway e outros. Segundo alguns estudiosos, esses problemas parecem ter o poder de estimular a criatividade destes seres geniais.
Outros homens considerados como gênios apresentaram, paralelamente aos dons inerentes à sua mente, problemas com a sexualidade. Hitler, por exemplo, tinha ejaculação precoce, já Gandhi canalizava completamente seus impulsos sexuais para a militância política. É comum também encontrar entre muitos gênios uma orientação sexual homossexual ou bissexual. Distúrbios psiquiátricos diversos manifestaram-se ao longo da história em personalidades consideradas geniais – transtorno bipolar, em Virginia Woolf; esquizofrenia paranóide em Schumann; epilepsia psicomotora em Van Gogh, entre outros transtornos mentais.
Os gênios têm um brilho mental como nenhum outro ser, não há limites para eles, mas emocionalmente revelam-se muito sensíveis. Neles a parte intelectual prepondera sobre a determinação, o que lhes permite gerar obras de total contemplação, sem nenhum interesse objetivo. Uma criança prodígio é aquela que tem um talento especial. Mas um superdotado não é necessariamente um gênio, porque ele pode ser muito bom em determinados campos, mas deixar a desejar em outras áreas. Ele pode também não se adaptar à educação convencional. O fato de não ser excepcional em tudo é o que distingue o superdotado do gênio. Este sempre muda, de alguma forma, as ideias que regem uma determinada época, dá uma nova face ao mundo.
Há diversas formas de se medir o grau de inteligência de uma pessoa, que podem ajudar a determinar se alguém é ou não um gênio. O teste de Q.I. é o mais comum, embora ele já não seja considerado satisfatório para muitos cientistas, uma vez que ele mede apenas alguns ângulos da inteligência humana, deixando outras faces de lado. Segundo este exame, porém, uma pontuação acima de 140 pontos pode levar a pessoa a ser definida como gênio.