A inibição cognitiva é um processo que implica na redução da manifestação de algum elemento ligado à aquisição de conhecimento. Este procedimento psíquico se manifesta através de uma reação patológica. Este fenômeno, portanto, corresponde à inibição dos mecanismos cognitivos ativados por eventos que exigem do ser uma acomodação a um determinado contexto.
Isso se exprime sob a eclosão de um sintoma, aqui compreendido como dificuldade de aprendizagem. A limitação de uma das fases de deslocamento inerente ao mecanismo conhecido como equilibração – ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação -, não permite que o sujeito reedifique definitivamente as categorias de aprendizagem que partem das seguintes etapas: organismo, corpo, inteligência e desejo.
O sinal patológico imobiliza estas diferentes expressões do aprendizado em um dado instante. Deste ponto em diante o processo de aquisição de conhecimentos e de experiências não mais usufrui de seu potencial de desenvolvimento e da missão de modificar tudo a sua volta.
Este fenômeno leva o sujeito a destruir ou a excluir tudo que não pode ser simbolizado, enquanto o ato de simbolizar dá espaço para que ele dê um novo significado a tudo e isso confere ampla liberdade à modalidade, para que assim ela possa sofrer transformações. Do contrário a categoria se tornará rígida e assim obstruirá ou complicará o aprendizado de certas facetas do real.
A Inibição Cognitiva também pode ser desencadeada pela conturbação das emoções. Esta variante pode não ser aceita por um psicopedagogo se este profissional não inserir o afeto como fator variável no mecanismo do aprendizado. Portanto, é importante recorrer à asserção de Paulo Freire sobre o campo emocional. Ele afirma que é necessário eliminar a ilusória concepção de que deve haver um distanciamento entre a austeridade do professor e suas emoções.
A inibição prematura das ações que envolvem assimilação e acomodação dá espaço às diferentes particularidades nos mecanismos de representação. Seus limites derradeiros podem assim ser explicados:
- Hipoassimilação: os esboços dos objetos conservam sua carência, assim como a do poder de estruturá-los. O resultado é uma deficiência dos elementos lúdicos e o distúrbio funcional da performance do imaginário.
- Hiperassimilação: aqui se dá uma interiorização precoce dos esboços, e se destaca o aspecto lúdico, o qual pode conduzir a um despojamento do real de forma prejudicial na mente da criança.
- Hipoacomodação: este problema surge quando o padrão rítmico da criança foi desrespeitado, até mesmo na sua conveniência de reviver inúmeras vezes as mesmas vivências. Neste caso podem aflorar distúrbios na conquista da linguagem, principalmente quando os incentivos são caóticos e efêmeros.
- Hiperacomodação: ocorre sempre que há uma superincitação do processo de reprodução. A criança até segue as orientações recebidas, mas ela não possui vivências próprias ou experiências anteriores de forma natural.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inibi%C3%A7%C3%A3o_cognitiva
http://psicoerikaluppi.blogspot.com.br/2012/05/o-que-e-inibicao-cognitiva.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/psicologia/inibicao-cognitiva/