Neurastenia é um distúrbio psicológico que resulta do enfraquecimento aumentado do sistema nervoso central (neuro = cérebro, astenia= fraqueza), ocasionado principalmente por estafa, esgotamento mental, intoxicações por drogas, permanência por longos períodos em lugares pouco arejados, sujeição a frequentes emoções fortes, entre outros fatores. O termo foi popularizado pelo neurologista estadunidense George Miller Beard, em meados do século XIX.
O indivíduo acometido por neurastenia apresenta, geralmente, impossibilidade de realizar atividades físicas, oscilação contínua de humor, depressão, tremores sem causa aparente, dormência e formigamentos dos membros, memória debilitada, vertigens, dores de cabeça e musculares, insônia, dificuldade de concentração, problemas alimentares, perda da capacidade de sentir prazer e ansiedade. A vida social desse indivíduo é, quase sempre, comprometida, uma vez que seu comportamento sofre sérias alterações.
O tratamento da doença pode ser feito por meio de psicoterapia (psicanálise, terapia analítico-comportamental, terapia cognitivo-comportamental, terapia psicoeducacional) e uso de medicamentos, como antidepressivos. A mudança dos hábitos alimentares, adicionando à dieta alimentos ricos em fibras, cereais e hortaliças, o abandono do consumo de drogas, fumo, bebidas alcóolicas, café, chá preto e carnes gordurosas pode potencializar os efeitos do tratamento. A hidroterapia também é bastante utilizada em alguns casos.
Pessoas neurastênicas devem evitar rotinas estressantes, reservando pelo menos um dia por semana para o descanso, de preferência em locais tranquilos, agradáveis e com bastante ar puro. É recomendável, também, para descarregar as tensões nervosas, andar descalço sob a grama fria pela manhã. A prática de exercícios físicos, principalmente aeróbicos, é uma importante ferramenta para a cura desse transtorno.
A neurastenia, sem dúvida, não é o pior dos distúrbios psíquicos, sendo inicialmente considerada como a mola propulsora de patologias mais severas tais como o transtorno bipolar, a depressão e a esquizofrenia, e exatamente por isso, foi muito utilizada para camuflar a manifestação de tais doenças. Estima-se que entre 3 e 11% da população do planeta seja neurastênica, especialmente nos países da América do Norte e Ásia. Os Estados Unidos são campeões no ranking de prevalência da doença, e chegaram até a batizar a doença de “americanitis”, pois a consideravam como transtorno psíquico característico dos americanos.
A psiquiatria pouco conhece a respeito da doença, mas alguns chegam a afirmar que se trata de uma regressão ao comportamento infantil. Sigmun Freud, o pai da psicanálise, relacionava a ocorrência da neurastenia com o excesso de masturbações, práticas sexuais anormais e pressão intracraniana (pressão exercida pelo crânio nos tecidos sob o tecido cerebral).
Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neurastenia
http://www.psicologiananet.com.br/neurastenia-quais-os-sintomas-e-como-identificar-a-neurastenia/1157/
http://pura-cancina.comprar-livro.com.br/livros/1858571783/
http://www.itc-r-tci-r-cloningerteste.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=64%3Aneurastenia&catid=42&Itemid=53
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/psicologia/neurastenia/