Por Caroline Faria
A PNL, como costuma ser chamada a programação neurolinguística, é uma ciência aplicada baseada na estrutura da experiência subjetiva e sua interferência na aprendizagem e no comportamento, ou seja, nos controle dos processos pelos quais criamos nossas experiências subjetivas. Outra definição traz a PNL como um conjunto de técnicas para entender e modificar os processos internos pessoais através da identificação de padrões de linguagem verbal e extraverbal responsáveis por desencadear nossas reações.
John Grinder (linguista) e Richard Bandler (formado em matemática e psicologia), foram os pioneiros no estudo da PNL. Grinder e Bandler começaram estudando pessoas que sofriam de problemas variados e descobriram uma diferença importante entre pessoas que tinham algum tipo de fobia daquelas que já haviam se livrado delas: as que ainda sofriam de fobia pensavam no objeto de seu medo como se ainda estivessem passando por aquilo e as que haviam se curado não. Elas viam a situação de fobia como se aquilo estivesse ocorrendo com outra pessoa.
Essa foi a primeira grande descoberta do que mais tarde seria chamado de PNL, a de que como as pessoas pensam a respeito de algo faz uma grande diferença no modo como irão vivenciá-las. Mais tarde, alcançando já uma certa notoriedade com suas pesquisas, Bandler e Grinder se juntaram ao Dr. Milton H. Erickson, o mais notável hipnotizador do mundo. A partir dessa parceria muitas descobertas foram feitas, e o desenvolvimento de novas técnicas terapêuticas selou o surgimento da ciência que propõe uma forma de compreender e reproduzir a excelência humana.
Mais do que simplesmente uma ciência, a PNL costuma ser definida como uma forma de agir e pensar ou mesmo como uma arte. O seu objetivo é ensinar as pessoas como trabalhar seus modelos mentais e consequentemente sua forma de agir, com o intuito de conseguir melhores resultados de si e dos outros.
O princípio básico da PNL está na forma como encaramos o mundo, na ideia de que o que consideramos realidade é na verdade apenas um modo de observar, e no conceito básico de que todo comportamento possui uma estrutura subjetiva que pode ser estudada, modelada e transformada para que possamos atingir resultados esperados.
Os pressupostos da PNL são:
- o mapa não é o território que ele descreve, a forma como vemos o mundo, nosso mapa mental do mundo, não é o mundo e cada pessoa possui seu próprio mapa de acordo com suas experiências que fizeram com que ela obtivesse aquela percepção de mundo. Por isso, nenhuma percepção é errada, porém algumas são um pouco mais detalhadas;
- as experiências possuem uma estrutura, se você puder identificar e mudar a estrutura ou padrões de suas experiências poderá modificar suas experiências também; se uma pessoa é capaz de fazer algo, então todos também são capazes de fazê-lo, basta identificar e modelar os padrões de suas experiências;
- corpo, mente e espírito são partes de um sistema em equilíbrio, qualquer mudança em um sempre afetará o outro; as pessoas já possuem todos os recursos de que necessitam, basta desenvolver as habilidades;
- é impossível não se comunicar, seja por expressões verbais ou não sempre estamos nos comunicando; o significado da sua comunicação é a reação que você obtém, a eficiência de sua comunicação depende mais de como ela será recebida através do mapa mental do ouvinte e interpretada do que daquilo que você diz;
- todo comportamento tem uma intenção positiva, mesmo ações nocivas tem uma intenção que em determinado contexto é positiva;
- as pessoas sempre escolhem o que é melhor para elas; se o que você está fazendo não está funcionando, então faça diferente.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/psicologia/programacao-neurolinguistica/