O fenômeno da telepatia se refere aos pensamentos, emoções ou atitudes alheias que são transmitidos a outrem através da mente, sem a utilização de recursos pertencentes à esfera corporal, ou seja, dos sentidos convencionais, ou de gestos. Estas pessoas interagem apesar da barreira espacial que as separa.
Segundo Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita, um ser se reporta mentalmente ao outro, produzindo assim o transporte da alma, melhor dizendo, do espírito encarnado, que atende ao chamado e vem ao encontro de quem o evocou. Ocorre algo similar a uma transmissão telegráfica entre mentes afins.
Esta expressão provém do idioma grego – ‘tele’, com o sentido de distância; e ‘patheia’, sentimento. Na ciência conhecida como Parapsicologia a telepatia é vista como um fenômeno extra-sensorial, e está sempre estreitamente ligada a manifestações como a premonição, a clarividência e a empatia. Esta radiografia da mente humana não pode sofrer interferência, segundo alguns estudiosos, nem do espaço nem das fronteiras temporais.
Fredric W. H. Myers, criador da Sociedade para Pesquisa Psíquica, usou pela primeira vez a palavra ‘telepatia’ em 1882. A partir de então este vocábulo passou a ser adotado no lugar da antiga expressão ‘transferência de pensamento’. Diversas pesquisas científicas já foram empreendidas pelas mais respeitáveis instituições acadêmicas norte-americanas, algumas das quais alcançaram êxito, mas a maior parte dos cientistas ainda não aceita a existência deste fenômeno. De acordo com estes estudiosos, esta pretensa manifestação carece de provas científicas que justifiquem sua ocorrência.
Os registros sobre a existência da telepatia remontam aos tempos antigos. Eles estão presentes nas próprias Escrituras Sagradas, que oferecem fartos exemplos de profetas que apresentariam o dom da vidência, neste caso a visão do futuro, conhecida como precognição. Também há relatos desta manifestação na Índia, aí descrita como uma habilidade conquistada através da Ioga.
Da forma como a telepatia é hoje conhecida, porém, pode-se afirmar que ela é um fenômeno moderno, referente à comunicação entre alguém que envia uma mensagem e seu receptor, ou vários deles. No meio científico o auge das pesquisas ocorreu em 1886, quando foi produzido um relatório intitulado 'Phantasms of the Living - Fantasmas Vivos -, lançado em dois volumes. Neste exato momento foi criada a expressão ‘telepatia’.
Os estudos mais famosos sobre a telepatia foram empreendidos por Joseph Banks Rhine, estudioso norte-americano muito conhecido por ser um dos primeiros estudiosos da Parapsicologia. Ele e seus companheiros da Universidade de Duke se valeram, em 1927, dos chamados Cartões de Zener para aferir os dons telepáticos dos voluntários destas pesquisas. Este critério era mais inflexível que seus antecessores, aproveitando-se dos novos recursos oferecidos pelos avanços recentes da Estatística. A partir de então Rhines tornou o termo ‘ESP’ – Percepção Extra-Sensorial - muito popular.
Adeptos da crença nos fenômenos telepáticos têm estudado atentamente os conceitos da Física Quântica, com o objetivo de encontrar alicerces sólidos para suas teorias. Este esforço, porém, tem sido muito questionado pela comunidade científica, principalmente pelos físicos, que não conseguem encontrar ainda conclusões concretas sobre esta manifestação extra-sensorial.
Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Telepatia
http://www.guia.heu.nom.br/telepatia.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Banks_Rhine
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/psicologia/telepatia/