O teste do desenho da figura humana (teste de Goodenough) avalia a maturidade intelectual, nas suas funções perceptivas, de abstração e generalização na criança e no adolescente de 03 à 15 anos de idade. Pode ser caracterizado como um teste projetivo pois é através do desenho que a criança revelará características da sua personalidade, suas necessidades e emoções, mas também pode ter um propósito psicométrico já que ajuda na avaliação cognitiva dessa faixa etária. É importante ressaltar que variáveis são observadas como sexo, idade, cultua, nível social e escolar da criança. O teste avalia o desenvolvimento intelectual e o resultado varia conforme essa criança cresce.
É um teste não verbal, individual e de fácil aplicação, o qual as crianças se adéquam facilmente tendo a duração de aproximadamente 15 minutos. A tarefa da criança consiste na execução de três desenhos: um de si próprio, um de um homem e outro de uma mulher. O teste tem como material o manual técnico, a folha de registro e a prancha com exemplos de desenhos.
Já nos séculos XV e XVI Leonardo Da Vinci realizava autopsias para compreender o funcionamento do corpo, dessa forma, Da Vinci desenvolveu estudos sobre as proporções humanas o que contribuiu para o estudo de desenhos da figura humana. Essas variações proporcionais dos desenhos são parte inerente na interpretação do teste de Goodenough. Os estudos da psicanálise iniciados por Sigmund Freud contribuiu para o aprofundamento das interpretações e das projeções colocados nos desenhos indo além das proporções e padrões colocados anteriormente. Em relação ao teste de Goodenough, ele foi o primeiro teste do desenho de uma pessoa e foi desenvolvido por Florence Goodenogh em 1926. Logo depois Dr. Drale B. Harris ampliou o teste que ficou conhecido como “Teste do desenho de Goodenough-Harris”.
O desenho torna evidente os conteúdos inconscientes de um indivíduo, mesmo que o paciente tente controlá-los seus conteúdos internos serão captados e a partir desses dados é que o psicólogo poderá investigar e tratar o caso. A fala pode ser muitas vezes controlada, mas o desenho permite que o paciente revele situações passadas e presentes sem conduzi-las ou argumentá-las. Porém é importante observar que os desenhos servem como uma ferramenta na análise de um caso e que muitos mecanismos de defesa também podem se manifestar nos desenhos assim como a projeção, a introjeção e a identificação.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_do_desenho_da_figura_humana
http://www.edipsico.pt/goodenough.htmhttp://www.psicoloucos.com/Conheca-Alguns-Testes/goodenough-teste-do-desenho-da-figura-humana.html
http://www.algosobre.com.br/psicologia/teste-do-desenho-um-espelho-da-alma.html