Aerossóis

Por André Luis Silva da Silva

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

Categorias: Química
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

Poucos compreendem a definição de um aerossol, ou sequer saberão do que se trata a partir desta denominação. Entretanto, quando utilizamos termos como poeira, neblina ou fumaça, trazemos o cotidiano geral a esta compreensão. E onde estão os pontos de contato? Como poderemos compreender a definição de aerossol a partir desses itens? É esse esclarecimento que se pretende proporcionar no presente texto.

Foto: mehmet dinler / Shutterstock.com

Os coloides, são misturas em que as partículas dispersas têm um diâmetro compreendido entre 1 nanômetro e 1 micrometro, partículas estas que podem ser átomos, íons ou moléculas. Um aerossol trata-se de uma dispersão coloidal de sólidos ou líquidos em um gás. O termo deriva da classificação dos coloides-sol e gel. Aqueles sistemas em que meio de dispersão é unicamente o ar, resulta, comumente, em três tipos distintos de aerossóis: a poeira; a neblina e a fumaça.

Essa denominação foi estendida, posteriormente, à forma de aplicação de um determinado produto, ou ao tipo de embalagem que o contém, sendo que os aerossóis podem ser formados por dispersão ou por condensação. No primeiro caso, na dispersão, qual é mais frequente, há atomização de um jato fino de liquido suspenso no ar. Este fino jato é então disparado por uma corrente forte no meio de dispersão. Já a formação de aerossóis pelo segundo método, o da condensação, não tão corriqueiro quanto o primeiro, exige estados de supersaturação e a consequente existência de núcleos de condensação.

Os elementos que constituem a embalagem de aerossol cada vez presentes em nosso cotidiano são: a) recipiente; b) válvula c) concentrado d) propelente. Todos os campos de aplicação industriais de aerossóis são praticamente ilimitados, destacando-se o setor dos cosméticos, da perfumaria, dos produtos de uso domésticos (como polidores, inseticidas, desodorizadores), os produtos de finalidade farmacêutica (incluindo as preparações para queimaduras, descongestionante das vias respiratórias, anestésicos locais), as bebidas, as tintas, os extintores de incêndio (de um modo geral), e também os reparadores de pneus e lubrificantes.

Referências:
PERUZZO, Francisco Miragaia (Tito); CANTO, Eduardo Leite; Química na Abordagem do Cotidiano, Ed. Moderna, vol.1, São Paulo/SP- 1998.
SARDELLA, Antônio; MATEUS, Edegar; Curso de Química: química geral, Ed. Ática, São Paulo/SP – 1995.
MAHAN, Bruce M.; MYERS, Rollie J.; Química: um curso universitário, Ed. Edgard Blucher LTDA, São Paulo/SP – 2002.

Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!