Benzina

Especialista (MBA) em Gestão da Qualidade Total (UFF, 2013)
Graduada em Química, Tecnóloga (Unigranrio, 2011)
Graduada em Ciências Biológicas (Unigranrio, 2006)

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A benzina possui sinônimos como nafta de petróleo, ligroína e éter de petróleo. A palavra éter é empregada para indicar volatilidade e não a presença de oxigênio. É uma mistura de solventes orgânicos, apolar, altamente inflamável, incolor, volátil e com odor semelhante a gasolina.

É obtido através da destilação do petróleo na faixa de temperatura de 35 - 90°C. Na sua composição predominam hidrocarbonetos alifáticos de cadeia C5 – C6, como o pentano e o hexano. Os hidrocarbonetos alifáticos podem ser divididos em vários grupos de acordo com o tipo da cadeia (aberta ou fechada) e o tipo de ligação entre os carbonos (simples, dupla ou tripla).

Por ser uma mistura de vários solventes suas características podem se diferenciar de acordo com a sua produção, promovendo algumas variações nas suas propriedades físico-químicas, que dever ser especificadas pelo fabricante. Na tabela abaixo encontram-se algumas propriedades físico-químicas gerais referentes à benzina.

Propriedades físico-químicas
Ponto de Ebulição 35 a 60 ºC
Ponto de Fusão < - 73 ºC
Ponto de Fulgor (vaso fechado) - 57 ºC a -18 ºC
Solubilidade em água, 20ºC 0,04%
Temperatura de auto-ignição 232 a 290 ºC

Fonte: http://cloud.cnpgc.embrapa.br/wp-content/igu/fispq/laboratorios/%C3%89ter%20de%20petr%C3%B3leo.pdf

Não se deve confundir benzina com benzeno. O benzeno é um hidrocarboneto aromático de fórmula molécula C6H6, composto apenas por um anel benzênico. A aromaticidade do anel confere características diferentes ao composto, como por exemplo, a realização de ressonância. Nas figuras abaixo estão representadas as estruturas do pentano, heptano e benzeno.

Pentano.

 

Heptano.

 

Benzeno.

Benzeno.

O solvente orgânico é muito utilizado nas indústrias e laboratórios químicos farmacêuticos. Pode ser utilizado na composição de tintas, desengraxantes, removedores de adesivos, lavagem a seco, limpeza de metais, solvente extrator, entre outros. É muito utilizada na área da saúde, principalmente em hospitais para a retirada de curativos. Por ser um solvente lipossolúvel é absorvido facilmente pela pele e devido à sua toxicidade seu uso deve ser limitado.

É um solvente tóxico que quando inalado pode causar vômitos, dor de cabeça, tontura e em altas doses pode provocar convulsão ou até a morte. Contudo, a benzina é inalada para fins recreativos. É empregada na composição do lança-perfume, uma droga ilícita, potencializando os seus efeitos.

A benzina atinge o sistema nervoso central, assim ocasionando sentimentos solitários. Outros efeitos podem ser observados como prejuízos na memória e aprendizagem, metabólicos e funções nervosas. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), foi frequentemente aplicada em injeções com o objetivo de assassinar pessoas nos campos de concentração.

Devido à preocupação com substâncias que agridem o meio ambiente, algumas empresas buscam soluções para a substituição de solventes tóxicos, e com isso, minimizar os riscos ambientais. Atualmente, existem vários produtos no mercado com baixa toxicidade que podem substituir a benzina em desengraxantes e agentes de limpeza.

Fontes:

http://cloud.cnpgc.embrapa.br/wp-content/igu/fispq/laboratorios/%C3%89ter%20de%20petr%C3%B3leo.pdf

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4194944/

http://www.petropresal.com

http://webbook.nist.gov/chemistry/name-ser/

https://sites.google.com/site/curiosidadescombustiveis/derivados-do-petroleo-1/benzina

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