Clorofluorcarbonetos (CFC)

Por Caroline Pedrolo

Graduação em Química (Centro Universitário Franciscano, UNIFRA, 2014)

Categorias: Compostos Químicos, Meio Ambiente
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Os clorofluorcarbonetos (CFC) são compostos artificiais que possuem carbono, flúor e cloro em sua estrutura. Eles são compostos pertencentes a função química dos haletos orgânicos que são estruturas que apresentam halogênios ligados à cadeia carbônica. Eles são gasosos e possuem um efeito muito nocivo à camada de ozônio por reagirem com o gás ozônio e transformá-lo em gás oxigênio ocasionando a degradação da mesma. Segundo estudos esses gases contribuem em 14% para a destruição desta camada e isso ocorre conforme a reação abaixo:

CFC + Luz + 2O3 → 3O2 + Cℓ

Podemos perceber que temos um átomo de cloro como produto da reação, e esse átomo ainda vai reagir com mais moléculas de ozônio tornando o ciclo ainda mais danoso.

Os clorofluorcarbonetos destroem a camada de ozônio que protege o planeta. Ilustração: gosphotodesign / Shutterstock.com

Antigamente esses gases eram muito mais utilizados em produtos refrigerantes, compostos orgânicos, condicionadores de ar e aerossóis (principalmente perfume e inseticidas), mas hoje em dia ainda há uso. No Brasil o uso dos CFC’s em sprays inseticidas, perfumes e outros foi banido em 1988 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

O composto de clorofluorcarbono mais conhecido é o freon, que foi desenvolvido a fim de substituir a amônia (NH3) como gás de refrigeração por ser menos tóxico. Os gases freon são inodoros, incolores, não inflamáveis e começaram a ser comercializados em torno do ano de 1928. Porém, anos mais tarde foram descobertos os danos que esses gases poderiam causar, na verdade estavam causando há bastante tempo, para camada de ozônio. Isto ocorre também devido a estabilidade destes compostos que podem ter tempo médio de vida no ambiente entre 75 e 380 anos, ou seja, há um efeito cumulativo.

Atualmente como alternativa aos CFC’s foram desenvolvidos os HCFC’s ou hidroclorofluorcarbonetos, que causam menos danos à estratosfera, porém causam aumento do efeito estufa. Em 2009 os membros das Nações Unidas firmaram o acordo do Protocolo de Montreal que dispõem de legislação para eliminar a produção e o uso dos tipos de CFCs. O Brasil se comprometeu na década de 90 em reduzir consideravelmente o uso desses gases até 2010. Porém, os danos à camada de ozônio são imensos e podem demorar décadas, ou até séculos, para que possam ser revertidos.

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