Também chamado de “coeficiente grau de solubilidade”, o coeficiente de solubilidade (CS) representa a quantidade necessária de uma substância para saturar uma quantidade padrão de um determinado solvente, em certas condições de temperatura e pressão. Ou seja, caso venhamos a nos referir à água como solvente, pode ser definido como a quantidade máxima de determinado soluto que poderá ser solubilizada em 100g de água em temperatura e pressão ambientes.
Laboratorialmente, o CS pode ser muito bem utilizado para fins didáticos e de pesquisa, pois não exige maiores instrumentações. O procedimento experimental descrito abaixo permite a visualização de como a temperatura influencia no CS de uma substância.
a) SOB REFRIGERAÇÃO:
- 1. Determinar a massa de um vidro de relógio e anotar.
- 2. Reservar uma porção de 1,2g de permanganato de potássio (KMnO4); para isso, utilizar o vidro de relógio cuja massa é conhecida para que possa aferir os resultados.
- 3. Com auxílio da pipeta, colocar 12mL de água em um dos tubos de ensaio.
- 4. Adicionar a este tubo o sal reservado, tomando cuidado para não desprezar resíduos que eventualmente possam ficar presos ao vidro de relógio. Para isso, usar o mínimo possível da água da pisseta para removê-los e despejá-los no tubo.
- 5. Colocar água até a metade da capacidade de um béquer.
- 6. Adicionar gelo a um copo de béquer e inserir nele um termômetro.
- 7. Com o auxílio de uma pinça de madeira, deixar o tubo com a parte preenchida imersa na água gelada e aguardar.
b) SOB AQUECIMENTO:
- 8. Determine a massa de outro vidro de relógio.
- 9. Reservar uma porção de 2,4g de permanganato de potássio (KMnO4); para isso, usar o vidro de relógio cuja massa foi determinada a pouco para que possa aferir os resultados.
- 10. Com auxílio da pipeta, colocar 12mL de água em um dos tubos de ensaio.
- 11. Adicionar a este tubo o sal reservado, tomando cuidado para não desprezar resíduos que eventualmente possam ficar aderidos ao vidro de relógio.
- 12. Colocar água até a metade da capacidade de um como de béquer.
- 13. Inserir o termômetro dentro do béquer.
- 14. Com auxílio da pinça de madeira, deixar o tubo com a parte preenchida imersa na água e coloque o sistema para aquecer no conjunto tripé, tela de amianto e bico de Bunsen. A água no interior do béquer pode chegar à ebulição.
- 15. Após 5 minutos, observar os dois sistemas e concluir.
A partir desse experimento poderá então ser observado que o sistema sob refrigeração apresentará um precipitado, mesmo contendo a metade da massa do sistema (1,2g) ao deixado sob aquecimento (2,4g), que não mostrará nenhum corpo de fundo.
Referências:
MAHAN, Bruce M.; MYERS, Rollie J.; Química: um curso universitário, Ed. Edgard Blucher LTDA, São Paulo/SP – 2002.
FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP – 1990.
LUFTI, Mansur; Os Ferrados e os Cromados: produção social e apropriação privada do conhecimento químico, Ed. UNIJUI, Ijuí/RS – 1992.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/quimica/determinacao-experimental-do-coeficiente-de-solubilidade/