O metal alcalino terroso rádio pertence à família 2A da tabela periódica, é branco prateado possui número atômico 88, massa atômica 226 u, é extremamente radioativo, seu ponto de fusão é de 700°C e seu ponto de ebulição de 1500°C. Sua configuração eletrônica segue o cerne do gás nobre radônio [Rn] 7s2, o estado de oxidação é Ra+2. É encontrado na natureza na juntamente com o minério do urânio, chamado pechblenda U3O8, são necessárias 7 a 8 toneladas do minério para que seja separado 1g de rádio. Seu nome provém do latim “raium” que significa raio, em virtude do metal e seus compostos apresentarem luminescência devido a sua extrema radioatividade estendendo-se 900 a 2.000 vezes superior a do urânio em função de seus isótopos.
Foi descoberto em 1898 por Marrie Currie e Pierre Currie, após começarem a pesquisar o minério de urânio descobriram a presença do elemento, suas suspeitas confirmaram-se quando no ano de 1910 Marie Curie e Andre Debierne, ao preparar uma solução de cloreto de rádio e passarem esta por eletrólise, isolaram o metal pela primeira vez, neste mesmo ano da descoberta do metal eles também descobriram o polônio, daí em diante a pesquisa na radioatividade. Porém Madame Currie, não conhecia os efeitos da radiação sobre o corpo humano, como o câncer, doença esta que a levou a morte. Antes da morte ela criou um centro de pesquisa em Paris chamado de Instituto Radium.
O metal possui características bastante semelhantes aos metais alcalino-Terrosos, uma delas é sua vigorosa reação com água formando Ra(OH)2 com liberação de H2. Em nosso organismo se comporta como cálcio acumulando-se em nossos ossos, porém este é carcinogênico, quando exposto diretamente ao ar atmosférico reage com o nitrogênio formando uma película escura de nitreto de rádio Ra3N2.
Atualmente a utilização do rádio é bastante pequena, pelo motivo de ser muito raro dificilmente está disponível comercialmente e de ser extremamente perigoso, pois mesmo em quantidades ínfimas ainda é perigoso. No passado, era utilizado na fabricação de tintas luminescentes para marcadores de relógios e manômetros e na forma do sal cloreto de rádio; na medicina para produção de radônio, usado no tratamento do câncer, porém descobriram-se tratamentos mais seguros e menos dispendiosos.
Apresenta 33 isótopos, porém somente o isótopo 226Ra que surge em função do decaimento do urânio, é estável apresentando meia-vida de aproximadamente 1600 anos. Na natureza está presente em todos os minérios de urânio, na água do mar em quantidades bastante pequenas. É produzido a partir dos resíduos da purificação do urânio.
O rádio é um metal quimicamente reativo capaz de formar inúmeros compostos Ra(OH)2, RaSO4, RaCl,RaNO3 e ligas com os metais de sua família .
Bibliografia:
http://www.daviddarling.info/encyclopedia/I/inorganic_chemistry_entries.html
http://www.chemicool.com/elements/radium.html
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/12-EQ-4909.pdf
http://images-of-elements.com/radium.php