Elementos Sintéticos

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No campo da química são conhecidos como elementos sintéticos aqueles que são produzidos artificialmente, ou seja, pela mão do homem. São geralmente instáveis, ou seja, eles se transformam em outros elementos de modo espontâneo a partir de um certo tempo, até mesmo poucos segundos ou ainda menos depois de obtidos. São todos sintetizados em laboratório ​​e radioativos na natureza, o que significa que eles emitem radiação (propagam a energia de que são constituídos). A partir do século XX, os últimos elementos naturais foram descobertos e então vários materiais sintéticos foram sendo desenvolvidos, e muitos deles já têm suas propriedades determinadas, nome próprio e até mesmo utilização garantida na indústria.

Existem atualmente 118 elementos na tabela periódica, entre os quais 92 são naturais e os restantes são sintéticos. O primeiro sintético descoberto foi o tecnécio (número atômico 43), que, devido às suas características, preencheu uma misteriosa lacuna na tabela periódica entre os elementos molibdênio (número atômico 42) e rutênio (número atômico 44).

Além do tecnécio, o promécio (61), o astato (85), o frâncio (87) e o grupo transurânico são produtos de experiências, não ocorrem na natureza, e são, portanto, sintéticos. Elementos transurânicos são aqueles cujo número atômico é maior do que o urânio, de número atômico 92.

A sintetização desses materiais se dá de duas maneiras. Os elementos de número atômico até o 100 (férmio) são criados a partir do bombardeamento de um elemento pesado, como o urânio ou plutônio, com nêutrons ou partículas alfa. A síntese dos materiais a partir do mendelevium (número atômico 101) é realizado a partir da fusão de núcleos de dois outros elementos mais leves.

A IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) é a responsável pela denominação das novas descobertas. Enquanto alguns são nomeados a partir do lugar onde foram descobertos (exemplo de amerício e califórnio), outros devem seus nomes ao cientista que os descobriu (exemplo de einstênio, cúrio, mendelévio, etc). Para nomear qualquer partícula, sua existência deve ser comprovada por seu descobridor. Até isso acontecer, eles são referidos por nomes provisórios, até que sejam nomeados oficialmente. Os elementos de ununbium para ununoctium ainda aguardam pelos seus nomes oficiais e, portanto, são conhecidos por nomes provisórios em latim (a exemplo de ununtrium, ununpentium, ununseptium, ununoctium, que nada mais são que o equivalente em latim a 111, 115, 117 e 118).

A 2 de junho de 2012 foi divulgada a notícia de que a União Internacional de Química Pura e Aplicada aprovou oficialmente o nome dos dois novos elementos sintéticos que estão localizados no número 114 e 116 da tabela. Estes dois possuíam nomes temporários, ununquadium e ununhexium, respectivamente.

Bibliografia:
KULKARNI, Mayuri. Synthetic Elements (em inglês). Disponível em: <http://www.buzzle.com/articles/synthetic-elements.html>. Acesso em: 20 jun. 2012.
indeterminado. Synthetic elements (em inglês). Disponível em: <http://www.infoplease.com/ce6/sci/A0847507.html>. Acesso em: 20 jun. 2012.
VALVERDE, Osmairo. Dois novos elementos químicos receberam nomes e foram incorporados na tabela periódica. Disponível em: <http://jornalciencia.com/tecnologia/diversos/1733-dois-novos-elementos-quimicos-receberam-nomes-e-foram-incorporados-na-tabela-periodica>. Acesso em: 20 jun. 2012.

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