Uma importante espécie química está presente em praticamente todas as residências: o gás liquefeito de petróleo, ou, simplesmente, GLP. Essa substância trata-se de uma mistura de gases de hidrocarbonetos de baixo peso molecular, destacando-se o propano (três átomos de carbono com ligações simples entre si) e o butano (quatro átomos de carbono com ligações simples entre si). É utilizado principalmente no gás doméstico para aquecimento (em fogões) e em determinados veículos.
O GLP, quimicamente, é uma mistura de gáses condensáveis (podem passar ao estado líquido) que estão presentes no gás natural ou dissolvidos no petróleo, a sua principal fonte de obtenção. Tanto o propano quanto o butano são extremamente fáceis de serem condensados. No botijão de gás estes gases estão na fase líquida em virtude da pressão, em torno de 6 a 8 atmosferas, a que são submetidos em seu processo de envasamento. Os gases constituintes do petróleo, o propano e butano, são obtidos principalmente no processo do craqueamento catalítico do petróleo.
O gás de cozinha é geralmente associado ao desprendimento de um forte odor, entretanto, “uma característica marcante do GLP é não possuir cor nem cheiro próprio. No entanto, por motivo de segurança, uma substância do grupo Mercaptan é adicionada ao GLP ainda nas refinarias. Ela produz o cheiro característico quando há um vazamento de gás. O GLP não é uma substância tóxica, porém se inalado em grande quantidade, produz efeito anestésico”1. Essa substância possui a finalidade de avisar aos nossos sentidos que há vazamento do GLP, o que pode ser fatal se inalado.
Para a armazenagem do GLP são utilizados recipientes de aço, de variadas capacidades volumétricas e formatos. Em sua fabricação, esses materiais passam por repetidos testes de resistência, nos quais está sua capacidade mecânica de suportar pressões de até 15 atmosferas (pressões maiores àquelas oferecidas pelos gases de seu interior). Dessa forma, busca-se a prevenção de eventuais possibilidades de rompimento mecânico ou manuseio inadequado em seu processo de envasamento ou utilização doméstica. Ainda tais testes trazem a facilitação da vaporização dos gases contidos em seu interior, o que é essencial em sua utilização.
Ainda com base no processo de envasamento, todos os recipientes que contém o GLP são enchidos até 85% de sua capacidade máxima, sendo que o restante de seu volume é utilizado na vaporização dos produtos, que ocorre com trocas de calor entre a parede do recipiente e as amostras no estado gasoso. Dessa forma, quanto maior for a temperatura externa do recipiente, maior será também a velocidade de vaporização dos gases contidos em seu interior.
Referências:
1. http://www.copagaz.com.br/representantes
ATKINS, Peter; JONES, Loreta; Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001.