Gasolina

Por Renata Tomaz Quevedo

Graduação em Química (Faculdades Anhanguera, 2016)

Categorias: Química
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A gasolina é um combustível de origem fóssil, ou seja, não renovável e que é obtida através do processo de refino ou craqueamento do petróleo, e pode possuir sua composição variável, de acordo com o uso final, origem do petróleo e tipos de processos de refino. Existem dois tipos de aplicações comuns para a gasolina, que são o uso como combustível de aviação ou automotiva. As gasolinas são compostas por hidrocarbonetos de séries parafínicas, olefínicas, naftênicas e aromáticas, e suas porcentagens e composição específicas dependem do processo de refino do petróleo de origem.

A gasolina é um líquido inflamável, volátil e que pode receber aditivos específicos de acordo com o uso final ao qual se destina.

Gasolina. Foto: nexus 7 / Shutterstock.com

Gasolina de aviação

Trata-se de uma mistura de hidrocarbonetos com cadeia carbônica de cinco a dez átomos de carbono, podendo conter enxofre e água também dissolvidos como impurezas. Adiciona-se uma mistura de chumbo tetraetil, brometos orgânicos e cloretos ao combustível afim de melhorar o seu desempenho no motor. Este tipo de gasolina destila entre 30°C e 170°C e é obtida através de processos para obtenção de um combustível com alto teor de octanagem, tais como, reforma, isomerização, polimerização e alquilação, visando atingir os requisitos e exigências estabelecidos pelas normas regulamentadoras.

Gasolina automotiva

Trata-se de uma mistura de hidrocarbonetos com cadeia carbônica de quatro a doze átomos de carbono, e de acordo com a octanagem do combustível obtido, classificamos a gasolina em regular ou premium. Este tipo de gasolina destila entre 30°C e 225°C e é obtida através de processos para obtenção de um combustível com diversos teores de octanagem, além de receber aditivação que conferem características específicas visando atingir os requisitos e exigências estabelecidos pelas normas regulamentadoras. No Brasil, a ANP – Agência Nacional do Petróleo especifica as gasolinas comerciais em três tipos diferentes: Tipo A, B e C.

A gasolina tipo A é produzida pelas refinarias e entregue às distribuidoras, e é composta por uma mistura de naftas.

A gasolina tipo B é de uso exclusivo das Forças Armadas Brasileiras, e não pode ser comercializada.

A gasolina tipo C é a mesma gasolina do Tipo A, que recebe a adição de álcool etílico anidro (AEAC) e é encontrada nos postos de combustíveis revendedores, já a gasolina aditivada comercializada nos postos de combustíveis é a do tipo A, que possui em sua composição a inclusão de álcool etílico e aditivos detergentes e dispersantes e de um corante, afim de evitar fraudes.

Índice de Octanagem

A qualidade da gasolina é definida de acordo com o índice de octanagem do combustível, sabendo-se que a gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos que variam sua cadeia carbônica de quatro a doze átomos de carbono (gasolina automotiva) e de cinco a dez átomos de carbono (gasolina de aviação), a média de átomos de carbono geral das cadeias é de oito carbonos.

Para gasolinas com grande quantidade de heptanos em sua composição, considera-se este um combustível de baixa qualidade, já as gasolinas que possuem alto índice de isoctano são considerados combustíveis de alta qualidade e poder de combustão. A octanagem é uma grandeza que está diretamente relacionada à qualidade da gasolina no que se refere ao desempenho do combustível no motor. Uma gasolina com alto índice de octanagem possui melhor rendimento pois a combustão ocorre no momento adequado, já numa gasolina com baixo índice de octanagem a combustão ocorre antes da faísca gerada pelo motor, reduzindo o rendimento do combustível.

Referências:
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/4333/4333_3.PDF
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/4432/4432_5.PDF

http://www.aerotd.com.br/decoleseufuturo/wp-content/uploads/2015/05/COMBUST%C3%8DVEIS-E-SISTEMAS-DE-COMBUST%C3%8DVEL.pdf

http://linux.alfamaweb.com.br/sgw/downloads/145_111647_Octanagemdagasolina.pdf

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