A grande maioria dos metais já identificados possui propriedades físico-químicas bem semelhantes: facilidade em perder elétrons (frente ao seu ganho, em geral), elevados pontos de fusão e ebulição, boa condutividade elétrica e térmica, brilho característico.
Boa parte dessas propriedades são frutos da interação entre os átomos na rede cristalina que compõe o metal: observa-se que há um mesmo tipo de ligação entre átomos, que se repete ao longo da rede. Assim, é definida a ligação metálica.
O metal com maior ponto de fusão da tabela periódica é o tungstênio (PE = 3422°C), e isso é devido à interação dos átomos que o constitui: as forças de atração são tão intensas, que é necessária grande quantidade de energia para superá-las. Do mesmo modo, o ósmio é o elemento mais denso (d = 22,6), justamente pela forma de empacotamento que os cristais apresentam.
Aspectos da Ligação Metálica
O sódio, por exemplo, apresenta íons Na+ lado a lado (com distância média praticamente constante) que permanecem submersos a uma camada de elétrons, quase que totalmente livres. Porque ainda que algumas literaturas considerem os elétrons de uma estrutura metálica livres, ainda será desprendida energia para ionizá-la; além disso, não pode ser deixado de lado o fato que a estrutura apresenta carga elétrica total nula e que, portanto, os elétrons não são totalmente externos aos átomos do retículo (mesmo que esse “mar” seja constituído por elétrons de valência – em constante movimento).
Assim como os outros sólidos, os metais são intimamente organizados por estruturas unitárias (células unitárias) que se repetem ao longo da cadeia.
Transmissão de calor e eletricidade
Esses efeitos dão-se pela presença de tais elétrons circundantes aos cátions: ao aplicar uma tensão U, os elétrons tenderão a movimentar-se ordenadamente da região de maior potencial para a de menor potencial elétrico. Logo, uma corrente elétrica será detectada. Isso significa que quanto mais elétrons constituírem circundarem os cátions metálicos, corrente de maior intensidade será observada.
A transmissão de calor dá-se de também obedecendo a um gradiente de energia: ao aquecermos uma parte da barra, aumentamos a energia dos cátions mais próximos a fonte (já que começam a oscilar com mais intensidade); e, como os elétrons encontram-se móveis ao redor dos cátions internos, adquirem maior velocidade por se chocarem com estes. A partir daí, com a colisão contra outros cátions mais lentos (mais afastados da fonte) há transferência de parte dessa energia adquirida pela nova velocidade alcançada e, portanto, é verificada macroscopicamente a efetiva transmissão de calor.
Fontes:
ATKINS, Peter. LORETTA, Jones. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente; tradução Ricardo Bicca de Alencastro. – 3ª Ed. – Porto Alegre: Bookman, 2006. 968 páginas.