Os metais alcalinos (assim chamados por serem facilmente encontrados sob forma de bases de Arrhenius – álcalis) constituem o grupo 1A da tabela periódica. Portanto, sua configuração eletrônica sempre termina em ns¹, com n variando de 1 a 7. Apesar do hidrogênio satisfazer a regra s¹, ele não é considerado um metal alcalino, pois não possui praticamente nenhuma outra característica físico-química semelhante com os outros elementos.
Os constituintes da família 1A são:
- lítio, Li (z = 3);
- sódio, Na (z = 11);
- potássio, K (z = 19);
- rubídio, Rb (z = 37);
- césio, Cs (z = 55);
- frâncio, Fr (z = 87)
Reatividade
Todos os metais alcalinos são extremamente reativos quando expostos ao oxigênio ou à água, assim como a qualquer ânion. Uma vez que as energias de ionização dos mesmos são as mais baixas da tabela, a perda do último elétron da camada se faz sem o desprendimento de muita energia.
Seguem alguns exemplos:
a) 2Li(s) + 2H2O(l) → 2LiOH(aq) + H2(g)
b) 4K(s) + O2(g) → 2K2O(s)
c) 2Rb(s) + 2H2O → 2Rb(OH)(aq) + H2(g)
As reações entre os metais alcalinos e a água acontecem tão violentamente (como na do rubídio) que podem ocasionar a combustão espontânea do hidrogênio liberado; assim, devem ser acondicionados em atmosferas de baixa umidade e protegidos contra o oxigênio (com uma camada plástica impermeável, por exemplo).
Propriedades Físico-químicas
Os metais desse grupo apresentam baixa eletronegatividade (decrescente com o número de camadas, assim o frâncio é o menos eletronegativo), e baixa energia de ionização (sendo, então, mais uma diferença entre o átomo de hidrogênio e o átomo de qualquer metal alcalino; uma vez que a retirada do único elétron do hidrogênio requer energia muito maior).
Apenas os três últimos elementos são essencialmente radioativos (embora todos os outros possuam radioisótopos, os isótopos mais frequentes não são) : são conhecidos do rubídio os isótopos naturais 85Rb, o único estável, e o 87Rb, ligeiramente radioativo e representando quase 28% das formas do rubídio, com meia-vida superior a 49 bilhões de anos, os outros 22 isótopos detectados são sintetizados apenas em laboratório; o césio apresenta o 133Cs como único estável e também único natural, sendo o césio-137 o causador da contaminação radioativa envolvendo a cidade de Goiânia em 1987, e o césio-135 o radioisótopo de maior meia-vida: mais de 2 milhões de anos; apenas o frâncio é totalmente radioativo (seja através da formação natural a partir do urânio-235 ou pela síntese em laboratório), assim como o mais instável (o radioisótopo mais duradouro possui meia-vida de 22 minutos) e o segundo elemento mais raro da tabela (atrás do astato).
Em geral, os alcalinos são moles, pouco densos, com pontos de fusão e ebulição também menores em relação aos outros metais (o frâncio possui o menor ponto de fusão, cerca de 27°C). Além disso, possuem brilho rapidamente fosco (principalmente pela ação do oxigênio do ar), e quando pulverizados, aparentam a cor branca.
Fontes:
https://web.archive.org/web/20100201192105/http://www.tabelaperiodica.hd1.com.br:80/metaisalcalinos.htm
http://www.explicatorium.com/Tabela-periodica.php