Poder Calorífico do GLP

Por André Luis Silva da Silva

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

Categorias: Química
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O GLP trata-se de uma mistura gasosa principalmente entre os gases propano e butano, e pode ser obtido do gás natural, do subsolo, ou pelo processo de refino do petróleo diretamente em refinarias.

O GLP, gás de cozinha ou gás liquefeito de petróleo, ao contrário do que se pensa, não é corrosivo, poluente e tampouco tóxico. Entretanto, quando inalado em elevada quantidade, pode provocar efeito anestésico e também asfixia, pois este gás empurra mecanicamente o oxigênio respirável do ambiente em que se encontra. Dessa forma, ao GLP são adicionados substâncias como Mercaptano ou Tiol nas refinarias de petróleo, fonte principal do GLP, que possuem por finalidade possibilitar a detecção deste gás e assim evitar riscos à saúde.

No processo de envasamento, o GLP é adicionado dentro de cilindros de aço e submetido a elevadas pressões, as quais fazem com que seus gases constituintes estejam no estado líquido (liquefação). Ao ser exposto, esta pressão é reduzida, e a mistura gasosa retorna à fase de gás, que é então utilizada como combustível.

O GLP presta-se muito bem para a utilização sob a forma de combustível devido ao seu alto poder calorífico, ou seja, quantidade de calorias liberadas a partir da queima de determinado valor de massa.

Mas não é apenas seu alto poder calorífero que torna o GLP uma substância de alta aplicabilidade, pois sua qualidade de queima, fácil manuseio e baixo impacto ambiental são também propriedades a serem consideradas. “Uma característica do GLP – e dos gases combustíveis em geral – é a sua baixa emissão de poluentes. A queima do GLP gera gás carbônico sem resíduos, fundamental para a realização da fotossíntese, o que garante a produção de oxigênio para respirarmos” ¹.

Por exemplo, quando comparamos o GLP à queima do carvão em ralação à emissão de gás carbônico por parte de ambos, notamos que o GLP apresenta um nível muito menor. E, como o seu poder calorífero é maior, torna-se necessário uma menor quantidade de GLP em relação à de carvão para liberação da mesma quantidade de calorias. “O poder calorífico de um só botijão de 13Kg de GLP corresponde à queima de dez árvores. Isso significa que o consumo de GLP evita a queima de milhões de árvores no Brasil, já que são consumidos cerca de 340 milhões de botijões por ano”2. Dessa forma, pode-se dizer que o GLP é um combustível limpo, pois não é tóxico e também não contamina os lençóis freáticos e nem o solo.

Referências:
1. http://www.liquigas.com.br

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