Um sulfato trata-se de um sal ou um éster derivado do ácido sulfúrico (H2SO4). Os hidrogenossulfatos e os sulfatos ácidos são casos particulares de sulfatos, que apresentam um átomo de hidrogênio substituível, assim como os sulfatos neutros. De modo geral, um sulfato apresenta uma valência de -2, fórmula aniônica de SO42- e, particularmente, forma compostos químicos de alta estabilidade quando combinados aos metais alcalinos terrosos comuns, como berílio, magnésio, cálcio e estrôncio, o que se deve ao equilíbrio elétrico de igualdade de cargas (NOX de 2+ no caso dos metais e 2- no caso do sulfato), o que confere à molécula uma proporção estequiométrica de 1:1 em todos os casos. Assim, a interação cátion-ânion torna-se mais elevada.
- Sulfato de berílio (BeSO4): O primeiro metal alcalino terroso forma o sulfato de menor importância industrial. Cristaliza sob quatro moléculas de água de hidratação (BeSO4.4H2O), apresenta estado físico sólido, aspecto branco e alta solubilidade em água.
- Sulfato de magnésio (MgSO4): De nome usual sal de Epsom, o magnésio forma um sulfato contendo sete moléculas de água de hidratação (MgSO4.7H2O). Quando em sua forma anidra, pouca utilização industrial apresenta, sendo empregado geralmente como secante devido à sua propriedade de absorver água. Tratando-se do sal de Epson, sua aplicabilidade é diversa, indo desde a correção de magnésio do solo, o que se deve à sua alta solubilidade aquosa, até sua atuação como broncodilatador.
- Sulfato de cálcio (CaSO4): É encontrado na natureza em sua forma anidra, quando recebe a denominação de anidrita, bem como hidratado por duas moléculas de água (CaSO4.2H2O), quando é conhecido por gipsita, a qual pode originar, por aquecimento brando, um composto monohidratado (CaSO4.H2O), conhecido como gesso comum. Este, por sua vez, tem a propriedade de absorver água, dando origem novamente à molécula dihidrata, sólida. Dessa forma, apresenta a capacidade de ser moldado, e consistiu na primeira massa plástica da história da química.
- Sulfato de estrôncio (SrSO4): Trata-se de um sólido pulverizado, inodoro, de aparência branca levemente pálida. Apresenta-se naturalmente na forma de um composto denominado celestina. Na indústria apresenta alguma utilidade na pirotecnia, da mesma forma, presta-se muito bem ao teste da chama (experimentação realizada em larga escala a níveis fundamental e médio), uma vez que apresenta uma coloração vermelha característica. Também á aplicado como meio de se impor uma maior resistência à cerâmica, uma vez que apresenta uma baixa solubilidade em água, sendo mais solúvel em ácidos inorgânicos, destacando-se soluções de ácido clorídrico.
Referências:
ATKINS, Peter; JONES, Loreta; Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001.
MAHAN, Bruce M.; MYERS, Rollie J.; Química: um curso universitário, Ed. Edgard Blucher LTDA, São Paulo/SP – 2002.