Teoria do complexo ativado

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Para que uma reação química aconteça, seus reagentes devem ter afinidade e serem postos em contato. Esse contato se dá por meio de uma colisão entre as moléculas, chamada de choque efetivo, que é bem orientado, possibilitando o encaixe perfeito entre as mesmas. O choque efetivo depende de muita energia para quebrar ligações iniciais e formar novas ligações e, consequentemente, novas substâncias.

No instante em que ocorre o choque efetivo forma-se uma estrutura que recebe o nome de complexo ativado e que pode ser definido como um estágio intermediário ou de transição da reação, em não há mais reagentes, porém, os produtos também não se formaram ainda. A energia mínima necessária para formar o complexo ativado é chamada de energia de ativação e a reação só ocorre se houver a formação do complexo ativado.

A teoria do complexo ativado, também conhecida com teoria do estado de transição, foi proposta pelos químicos Henry Eyring e John C. Polanyi, como um subsídio ao entendimento das teorias de Arrhenius e se aplica às reações no estado gasoso e em solução. Essa teoria se sustenta em dois princípios fundamentais:

  1. Apesar da instantaneidade do complexo ativado, ele deve também ser analisado como uma estrutura química, e deve-se considerar o seu equilíbrio com os reagentes.
  2. A velocidade da reação de decomposição do complexo ativado é geral e não depende da natureza dos reagentes e nem da sua forma física. A decomposição do complexo ativado ocorre na mesma velocidade da reação global.

Assim como a Teoria das colisões, a teoria do complexo ativado também defende que o aumento da energia potencial é diretamente proporcional à aproximação dos reagentes e que, quando essa energia atinge o seu nível máximo, forma-se o complexo ativado.

O complexo ativado, uma vez formado, pode voltar no sentido contrário da reação e produzir moléculas de reagentes, ou seguir na reação direta e formar moléculas de produtos. Mesmo que certas moléculas passem pelo estado de transição e sejam revertidas em reagentes, se elas passarem pelo complexo ativado, é fato que os produtos serão formados.

A teoria do complexo ativado é mais abrangente que a teoria das colisões, uma vez que se aplica não só a reações em estado gasoso, mas também a reações em solução.

Referências
http://pt.scribd.com/doc/58265053/13/TEORIA-DO-ESTADO-DE-TRANSICAO
http://www.quimica.ufpb.br/monitoria/Disciplinas/Cinetica_quimica/material/Cinetica_Quimica_Aula_4.pdf
http://formosinho.transnatural.com/pdf/70_acad_ciencias.pdf

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