A teoria ou método de VSEPR foi formulado em 1957 pelo cientista Ron Gillespie, com o intuito de ser utilizada como uma ferramenta na predição da geometria das moléculas, ou seja, a forma como a molécula está disposta no espaço. A sigla inglesa VSEPR (pronuncia-se vésper) significa Valence Shell Electron Pair Repulsion ou repulsão eletrônica entre os pares de elétrons na camada de valência, também apresentada em alguns livros texto como REPECV. Esta teoria enfoca principalmente o que diz o seu nome. Em relação à máxima distancia que os pares solitários devem manter na organização da nuvem de elétrons ao redor do átomo central. De acordo com os passos mostrados a seguir fica mais fácil fazer esta predição:
Passos para determinação da forma de uma molécula no espaço:
- Observar e desenhar a estrutura de Lewis para a molécula;
- Contar o número de pares de elétrons ligados e isolados presentes na molécula e determinar o número estérico (soma de todos os pares solitários e ligados).
- Fazer uma disposição arranjando dos pares de elétrons nos vértices de uma figura geométrica, de forma a diminuir o máximo a repulsão entre os pares solitários.
Vamos utilizar primeiramente como um exemplo a molécula de trifluoreto de cloro ClF3.
Ao observar esta figura conclui-se que, apresentando o número estérico 5, a molécula terá uma geometria chamada Bipiramidal Trigonal de acordo com a tabela a seguir, e por possuir 2 pares solitários será enquadrada na subcategoria forma de T, em virtude de este arranjo ser o que confere uma mínima repulsão entre os pares de elétrons.
É importante salientar que a teoria VSEPR é eficiente na previsão de moléculas e íons poliatômicos pequenos, uma das observações mais importantes consiste em dar especial atenção aos pares solitários visto que estes exercem as forças que influenciam nas ligações químicas, em virtude de o grande objetivo desta teoria ser a determinação das formas moleculares que são de extrema importância para a química no tocante a pontos de fusão e ebulição, energia de ligação e solubilidade.
Bibliografia:
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