Tipos de petróleo

Por Erica Airosa Figueredo

Especialista (MBA) em Gestão da Qualidade Total (UFF, 2013)
Graduada em Química, Tecnóloga (Unigranrio, 2011)
Graduada em Ciências Biológicas (Unigranrio, 2006)

Categorias: Química Orgânica
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O petróleo, também chamado de óleo negro, é constituído por várias substâncias. Basicamente possui duas aplicações, como fonte de combustíveis e como fonte de matérias-primas industriais. Em ambas aplicações o petróleo bruto precisa passar por processos de separação dos seus componentes. No estudo dos compostos orgânicos é classificado como um hidrocarboneto, sendo constituído por átomos de carbono (C) e hidrogênio (H).

Diversas substâncias utilizadas no nosso dia-a-dia são derivadas do petróleo como a gasolina, o diesel, o querosene, os óleos lubrificantes, a cera, o asfalto, a nafta, entre outros. A nafta é um dos insumos principais da petroquímica. É transformado nas centrais petroquímicas, principalmente em eteno e propeno, insumos importantes na indústria de transformação para a produção de filmes, frascos, potes, embalagens, eletrodomésticos, entre outros.

O petróleo pode ser classificado de acordo com a região que é explorado. No entanto, em uma mesma região o petróleo pode ter composições diferentes o que promove a necessidade de outro tipo de classificação. Sobretudo, a classificação do petróleo leva em consideração sua densidade que é medida pelo grau API (American Petroleum Institute).

A API é a principal associação comercial dos Estados Unidos para assuntos relacionados ao setor de petróleo e gás natural. Um dos padrões mais importantes que a API estabeleceu é o método usado para medir a densidade do petróleo. O que confere a densidade do óleo bruto é o comprimento das cadeias de hidrocarboneto e sua proporção de carbono. Quanto maiores as cadeias carbônicas, mais denso é o óleo, e quanto menores as cadeias, mais leve.

O grau API é determinado usando a gravidade específica do óleo, isto é, sua densidade em relação a da água a uma temperatura de 60 graus Fahrenheit.

Grau API = (141,5 / Gravidade específica) – 131,5

O grau API é uma escala aplicada na classificação do óleo bruto como leve, médio, pesado ou extrapesado. O “peso” do óleo é o maior determinante para o seu valor de mercado. Desse modo, o grau API é excepcionalmente importante. A classificação do tipo de petróleo pode ser:

A partir de dados do grau API pode ser estimada a demanda existente de um tipo de petróleo. Outra classificação é em relação ao teor de enxofre. Quanto menos enxofre dispuser na sua composição melhor é a qualidade do petróleo.

A maioria do petróleo extraído contém altos teores de enxofre. Desse modo, pode ser chamado de sour petroleum (petróleo azedo), devido à maior quantidade de enxofre. Já o óleo bruto com menor teor de enxofre pode ser denominado sweet petroleum (petróleo doce). Por exemplo, o petróleo leve é preferencialmente direcionado para a produção de gasolina, gerando rendimentos maiores que o petróleo pesado. Já o petróleo doce, quando queimado, emite menor quantidade de gases do efeito estufa, consequentemente produz menor impacto ambiental que o petróleo azedo.

O resultado final de toda essa classificação ajuda a determinar o preço de um barril específico de petróleo bruto, bem como a quantidade da demanda que existe para esse óleo em particular. Sua classificação é importante para direcioná-lo para a melhor aplicação.

Fontes:

LEITE, Luiz Fernando & SANTOS, Patrícia Carneiro dos. Integração Refino-Petroquímica: Tendências e Impactos. Rio de Janeiro: Publit, 2012.

CANTO, Eduardo Leite do & PERUZZO, Francisco Miragaia. Química na Abordagem do Cotidiano. São Paulo: Editora Moderna, 2010.

REIS, Martha. Química. São Paulo: Editora Ática, 2017.

http://www.petroleum.co.uk

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