Tópicos Introdutórios em Tabela Periódica para o 1° ano do Ensino Médio

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição:


Ouça este artigo:

A Tabela Periódica dos Elementos inicialmente surge ao educando de Ensino Médio como mágica, repleta de segredos a serem revelados. Mas logo acaba tornando-se um grande martírio, pois há grande possibilidade deste tentar memorizar algumas de suas informações. A assim, será esse o assunto a ser lembrado quando pensar na química. Mas esse instrumento, quando bem fundamentado, poderá vir a se tornar um facilitador do conhecimento químico dos educandos. Abaixo mostra-se alguns tópicos nesse objetivo.

- A tabela periódica, em uma versão mais elaborada, foi proposta pela primeira vez pelo químico russo Mendeleev em 1893, e trazia os elementos químicos ordenados em  função de sua massa atômica.

- Moseley, em 1913, percebendo uma melhor configuração, trouxe os elementos em uma tabela a partir de seu numero atômico, sendo esta a Tabela Periódica atual.

- A função inicial da tabela periódica é agrupar os elementos de propriedades semelhantes, desta forma, de um modo geral, elementos próximos são parecidos, os elementos distantes são diferentes.

- Na tabela como um todo, existe uma repetição das propriedades químicas e físicas dos elementos a medida em que a vamos percorrendo e chegando às mesmas colunas e linhas. Dessa forma, torna-se possível a predição dessas propriedades de alguns elementos químicos de difícil obtenção.

- A primeira classificação encontrada na tabela periódica (metais, não-metais, semimetais e gases nobres) é mostrada geralmente por legendas coloridas, e distingue fundamentalmente os metais por estes conduzirem corrente elétrica e calor, serem dúcteis (formadores de fios) e maleáveis (formadores de lâminas), propriedades físicas essas específicas dos metais.

- Os elementos classificam-se ainda, conforme a sua configuração eletrônica, como pertencem às famílias A ou B (elementos de configuração terminada em s ou p localizam-se na famílias A, de configurações terminadas em d ou f  localizam-se nas famílias B). Aqueles das Famílias A podem ainda ser chamados de representativos, ao passo que os de Famílias B são conhecidos como elementos de transição.

- Os elementos das famílias A podem ainda ser classificados como metais alcalinos, metais alcalinos terrosos, calcogênios, halogênios ou gases nobres, sendo que esses últimos recebem esta denominação por raramente interagirem com outros átomos.

- Os elementos naturais são aqueles que se encontram constituindo a matéria do nosso mundo físico. Entre eles, talvez dois não mereçam tal classificação, pois até hoje não foram isolados em quantidades visíveis, que são o frâncio (Fr) e o astato (At).

- Os elementos artificiais são aqueles fabricados em laboratórios de pesquisa nuclear. São classificados em cisurânicos (encontram-se antes do urânio) e transurânicos (encontram-se depois do urânio). O urânio possui número atômico 92.

Referências:
FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP – 1990.

Arquivado em: Química
Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição: